Diabetes pode afetar 21,5 milhões de brasileiros até 2030, destaca atlas da Federação Internacional

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2024-08-19 | 15:00h
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2024-08-19 | 19:40h
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(Foto: Freepik)

Atlas da Federação Internacional de Diabetes mostra que o Brasil ocupa o 5º lugar mundial com relação ao número total de pessoas com diabetes, aproximadamente 16,8 milhões de pacientes, e o 3º lugar quando se trata de diabetes Tipo 1, mais comum em crianças. A estimativa é que, até 2030, a incidência da doença afete 21,5 milhões de brasileiros.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 20 milhões de pessoas no Brasil vivem com diabetes, sendo equivalente a 10,2% da população brasileira. A pesquisa revelou que 90% dos casos são diabetes Tipo 2, que está associado à resistência à insulina e fatores de risco como obesidade, dieta não saudável e falta de atividade física.

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“Os dados mostram que é preciso um esforço conjunto, envolvendo políticas públicas, sim, mas, principalmente de conscientização da população. A sociedade, as famílias e cada um como indivíduo precisam fazer a sua parte, já que os riscos estão diretamente ligados a hábitos que temos no dia a dia. Por outro lado, precisamos de mais suporte para diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando reduzir impactos”, afirma Ronaldo Pineda Wieselberg, médico endocrinologista e presidente da ADJ Diabetes Brasil.

A Sociedade Brasileira de Diabetes afirma que 50% da população não sabe que convive com a doença. Isso porque seus sintomas são silenciosos. “Os tratamentos disponíveis no Brasil para diabetes são abrangentes. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos essenciais, incluindo insulinas humanas, NPH e regular, além de metformina e glibenclamida. Contudo, reforço que é fundamental a adoção de hábitos saudáveis para complementar o tratamento medicamentoso, além do monitoramento dos níveis de glicose”, completa o especialista.

Quais são os fatores de risco do diabetes?

O diabetes é uma doença crônica cuja incidência está aumentando globalmente, influenciado por diversos fatores de risco, como o diagnóstico de pré-diabetes, a hipertensão arterial e o colesterol alto. O pré-diabetes é uma condição em que os níveis de glicose no sangue são elevados, mas não suficientes para um diagnóstico de diabetes, sendo um indicativo importante de risco futuro para o desenvolvimento da doença. Além disso, a pressão alta está frequentemente associada ao diabetes, pois ambas as condições compartilham mecanismos fisiopatológicos similares que aumentam a carga sobre o sistema cardiovascular.

O endocrinologista explica: “Outro fator de risco significativo é a dislipidemia, caracterizada por níveis elevados de colesterol e triglicerídeos no sangue. A presença de colesterol LDL alto é um indício de que pode haver resistência à ação da insulina, um precursor do diabetes tipo 2. Além disso, o sobrepeso e a obesidade são fatores que exacerbam o risco de diabetes, pois o excesso de gordura corporal, especialmente a gordura visceral, interfere na ação da insulina, aumentando a glicemia”.

estresse crônico também é um fator de risco subestimado, mas crucial, para o diabetes. O estresse contínuo leva à liberação de hormônios como cortisol e adrenalina, que elevam os níveis de glicose no sangue e dificultam a ação da insulina. Esse desequilíbrio hormonal pode, com o tempo, desencadear ou agravar o diabetes, especialmente em indivíduos que já possuem outros fatores de risco. O estresse pode influenciar negativamente os hábitos de vida, levando a comportamentos como a alimentação inadequada e a inatividade física, prejudiciais para a saúde metabólica.

*Informações Assessoria de Imprensa

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