Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia mostra que homens fizeram menos consultas na pandemia

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2020-11-09 | 21:14h
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2022-03-29 | 17:34h
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Saúde Debate
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Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostra que 55% dos homens acima de 40 anos deixaram de fazer alguma consulta ou tratamento médico em função da pandemia da Covid-19.

Com a pandemia em curso, 57% desse grupo acima dos 40 anos afirmaram ter percebido um impacto negativo na saúde, incluindo 9% que consideravam que a sua saúde estaria pior do que antes. Sobre o impacto do novo coronavírus na vida de uma forma geral, 88% desses homens relataram terem sido afetados, sendo que 37% disseram ter afetado muito.

A pesquisa promovida pela Sociedade Brasileira de Urologia obteve as respostas de 499 participantes de forma on-line, em 22 estados. Dos entrevistados, 75% tinham mais de 40 anos, 77% eram do sexo masculino, 2,18% já tiveram um diagnóstico de câncer de próstata e apenas 6% admitiram que, habitualmente, não cuidavam ou não se importavam com a sua saúde.

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Sobre a impressão individual de que as pessoas estariam indo menos ao médico ou fazendo menos os tratamentos, 81% dos entrevistados consideraram que sim. De acordo com a SBU, 23% dos participantes da pesquisa relataram ter encontrado dificuldade de acesso ao procurar por consultas ou tratamentos médicos durante a pandemia e 40% disseram que não procuraram.

Dos pacientes masculinos de todas as idades, 33% relataram ir regularmente ao urologista e 3% afirmaram que nunca consultariam esse especialista, demonstrando que ainda existe resistência em relação aos cuidados com a saúde urogenital. Para 92% de todos os entrevistados, no entanto, a campanha Novembro Azul de conscientização sobre o câncer de próstata é útil ou importante.

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Câncer de próstata no Brasil

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil são estimados para cada ano do triênio 2020-2022AMP, com 15.576 mortes relacionadas. Esse valor corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens.

“A pesquisa nos mostra que o diagnóstico precoce de câncer de próstata, essencial para a cura, neste ano poderá ser afetado se não houver uma procura dos homens pelos serviços de saúde. Mesmo com a crise sanitária em curso, a prevenção não pode ser deixada de lado”, disse, em nota, a urologista Karin Anzolch, coordenadora da pesquisa da SBU sobre o impacto da pandemia na saúde.

Diante desses dados, a SBU reforça a importância da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre a saúde do homem. Foram programadas várias ações online de esclarecimento do público com lives nas redes sociais do Portal da Urologia, contando com a participação de especialistas e convidados, entre outras ações.

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Fatores de risco para o câncer de próstata

O tumor da próstata não costuma apresentar sintomas em fases iniciais, quando em 90% dos casos pode ser curado se diagnosticado precocemente. Ao apresentar sintomas, significa já estar numa fase mais avançada e pode causar vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina ou no sêmen.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata são histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio e homens da raça negra. A recomendação da SBU é que os homens, a partir de 50 anos, e mesmo sem apresentar sintomas, devem procurar um profissional especializado para avaliação tendo como objetivo o diagnóstico precoce. Os homens que integrarem o grupo de risco (raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata) devem começar seus exames mais precocemente, a partir dos 45 anos.

* Com informações da Agência Brasil

Ouça o podcast Saúde Debate – Saúde do Homem e Câncer de Próstata

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