A variante Deltacron vem chamando atenção de todo o mundo, inclusive do Brasil, onde dois casos de Covid-19 ligados à essa cepa foram confirmados nesta quinta-feira (15)AMP pelo Ministério da Saúde. A variante Deltacron já foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O nome para a nova cepa foi escolhido porque ela combina características genéticas de duas outras versões do vírus, a Delta e a Ômicron.
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O estudo sobre a variante Deltacron, em forma de preprint (ou seja, ainda não foi revisado por pares), foi publicado na plataforma medRxiv. A pesquisa mostra que ela teria surgirdo a partir de recombinação, ou seja, as variantes Delta e Ômicron infectaram um único paciente, ao mesmo tempo. Com isso, houve troca de material genético durante a reprodução viral, gerando uma nova cepa.
O estudo ainda identificou que o gene da proteína de superfície do coronavírus, conhecido como spike, vem em sua maior proporção da variante Ômicron, enquanto o restante do genoma da nova cepa é da Delta. Como os anticorpos, produzidos por meio de infecções e vacinas, têm como alvo principal a spike, estima-se que as defesas adquiridas em função da Ômicron também devem ter efeito na variante Deltacron.
Ainda não há informações precisas sobre os efeitos da nova cepa. Os pesquisadores franceses explicam que essa recombinante pode apresentar a mesma propensão da Ômicron de se concentrar no nariz e vias áreas superiores, não afetando tanto diretamente os pulmões.
Por enquanto, a comunidade científica segue acompanhando a variante Deltacron. A OMS não a classificou, até o momento, como uma Variante de Preocupação ou uma Variante de Interesse.
* Com informações da Agência Brasil, Carta Capital e Canaltech
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