A comissão exclusiva para tratar do tema foi implantada pelo Conselho de Medicina do Paraná em agosto e nasceu da preocupação com os casos de violência contra médicos no Estado. “A finalidade é contribuir na elaboração de estratégias na prevenção e repreensão em casos de assédio, constrangimento e agressões físicas ou morais contra os profissionais da Medicina”, explica o 1º secretário, Fernando Fabiano Castellano Junior.
A atuação da Comissão envolve diferentes setores do CRM-PR, como o Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional (Defep); o Departamento de Processos e Sindicâncias (Deprosin); as Comissões de Atuação Política, da Mulher Médica e de Acolhimento; e também de outras entidades parceiras, como o Sindicato do Médicos do Paraná (Simepar).
Integrantes da Comissão
Dados do CFM sobre a violência contra médicos no Paraná
Entre 2013 e 2024, o Paraná registrou 3,9 mil casos de ameaça, assédio, lesão corporal (maior parte), vias de fato, injúria, calúnia, difamação, desacato e perturbação do trabalho contra médicos. Deste total, 12% dos registros estão concentrados em Curitiba. Conheça os dados do CFM sobre o assunto.
“Também há preocupação quanto aos dados apresentados pelo CFM e este CRM estará buscando a ampla divulgação dos canais à disposição dos médicos, considerando a necessidade de pronta e rápida ação pelo órgão”, destaca o 1º secretário do CRM-PR.
O que fazer em caso de violência médica
A orientação é que o médico vítima de violência sempre registre a denúncia. Em caso de ameaça, a indicação é que o profissional registre ocorrência na delegacia e informe, por escrito, às diretorias clínica e técnica da unidade hospitalar sobre o ocorrido, apresentando dados dos envolvidos e testemunhas. O paciente responsável pelo ocorrido deve ser encaminhado a outro colega, se não for caso de urgência e emergência.
Quando houver agressão física o médico deve comparecer à delegacia e registrar Boletim de Ocorrência (BO), sendo necessário exame do corpo de delito. O fato também deve ser comunicado imediatamente às diretorias clínica e técnica da unidade hospitalar para que outro médico assuma a atividade.
As denúncias podem ser feitas tanto por e-mail (medicodenuncia@crmpr.org.br) ou por telefone (ligação ou WhatsApp), respeitando o sigilo dos denunciantes que assim o desejarem (41 3240 7800).