Covid-19: qual é a expectativa de distribuição de vacina em abril?

Várias cidades brasileiras paralisaram a aplicação da primeira dose da vacina contra Covid-19 nesta terça-feira (6 de abril) ou devem suspendê-la nos próximos dias. Entre elas estão capitais, como Curitiba, Fortaleza e Salvador. Isto porque os municípios não receberam mais doses dos imunizantes, dentro do Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde. Há uma grande expectativa para a aceleração da vacinação, para contemplar o grupo prioritário formado por pessoas até 60 anos. Mas qual é a expectativa de distribuição de vacina em abril?

Durante o mês de março, o Ministério da Saúde divulgou uma redução na previsão no número de doses para este mês: passou de 57,1 milhões para 47,3 milhões. Entre os impactos estava uma menor distribuição da vacina de Oxford / AstraZeneca pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A conta inicial do Ministério da Saúde também previa a entrega de 1 milhão de doses da vacina da Pfizer em abril, mas o último cronograma não citou mais essa distribuição.

No dia 31 de março, um novo balanço apontou uma nova redução na estimativa de distribuição de vacina em abril. Das 47,3 milhões de doses, o Ministério da Saúde deve receber 25,5 milhões. Segundo a pasta, há atraso na entrega tanto da Fiocruz quanto do Instituto Butantan, responsável pela CoronaVac. Havia ainda na projeção inicial para abril a entrada da vacina Covaxin, da Bharat Biotech, cujo certificado de boa prática foi negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 30 de março.

No dia 3 de abril, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a Fiocruz e o Butantan devem entregar neste mês 30 milhões de doses de vacinas.

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Fiocruz

Nesta segunda-feira (5 de abril), a Fiocruz divulgou a previsão de entregar, até o dia 1º de maio, 18,4 milhões de doses da vacina Oxford / AstraZeneca ao Programa Nacional de Imunizações. Nesta semana, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) prevê liberar 2 milhões de doses da vacina contra Covid-19. Entre 12 e 17 de abril, mais 5 milhões serão disponibilizadas ao Ministério da Saúde. Nas semanas seguintes, serão entregues 4,7 milhões, de 19 a 24 de abril; e 6,7 milhões, de 26 de abril a 1 de maio.

O cronograma da Fiocruz prevê que 100,4 milhões de doses serão produzidas em Bio-Manguinhos até julho, a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China.

Até 2 de abril, 4,1 milhões de doses foram produzidas no Brasil e entregues ao Ministério da Saúde, e mais 4 milhões foram importadas prontas da Índia, onde foram fabricadas pelo Instituto Serum.

A última entrega feita pela Fiocruz ao PNI foi realizada na sexta-feira da semana passada, quando 1,3 milhão de doses foram liberadas para distribuição aos estados e municípios.

A Fiocruz chegou a prever que liberaria 27 milhões de doses em abril, mas revisou esse cronograma e reduziu a previsão para 18,8 milhões. Segundo nota divulgada pela fundação, “por tratar-se de uma nova tecnologia e da complexidade de implantação da produção da vacina covid-19, foram necessários ajustes no cronograma”.

Butantan

Também nesta segunda-feira, o Instituto Butatan entregou mais um milhão de doses da vacina contra o coronavírus ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com este lote, o instituto forneceu um total de 37,2 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, para serem distribuídas em todo o país.

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Até o fim deste mês, o Butantan deve finalizar o primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde para fornecimento de 46 milhões de doses do imunizante. Até o fim de agosto devem ser fornecidas mais 54 milhões de doses ao PNI, totalizando 100 milhões de doses de CoronaVac.

Distribuição de vacina em abril

As doses encaminhadas no início desta semana devem chegar nas cidades em breve. Após a entrega por parte dos laboratórios, o Ministério da Saúde faz a distribuição das doses aos estados, que por sua vez entregam aos municípios. Além da aplicação em primeira dose, é necessário fazer a gestão para garantir a segunda dose da imunização aos já vacinados no primeiro ciclo.

* Com informações da Agência Brasil

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