Uma boa comunicação é a chave para uma boa convivência em sociedade.
Ela tem o poder de esclarecer mal-entendidos, de diminuir conflitos, e de tornar as relações mais pacíficas e agradáveis. O oposto também é verdade. Quando você se comunica mal, ou não presta atenção na forma como se comunica, pode criar situações desconfortáveis, ou passar a mensagem errada para quem conversa com você—tudo por conta da forma como você falou alguma coisa.
As características de cada tipo de comunicação:
Pessoas com uma Comunicação Agressiva:
- Elevam o tom de voz.
- Não controlam as expressões faciais, são sisudas.
- Comunicam-se de forma hostil e sarcástica, o que intimida as pessoas.
- Falam com superioridade.
- Confundem grosseria com sinceridade.
- Podem soar desrespeitosos e rudes mesmo sem intenção.
- São inflexíveis e acreditam que somente suas opiniões importam.
- Discutem desnecessariamente.
Acreditam que falar sem filtro é uma qualidade e com frequência dizem, com orgulho: “Falo mesmo, sou uma pessoa transparente.”
Comunicadores passivos:
- Tem fama de “tolerantes demais”, complacentes.
- Aceitam as coisas só para não entrarem em conflito.
- Nunca se posicionam.
- São reservados, falam baixo.
- Agem como se suas opiniões não importassem o suficiente.
- São flexíveis, mas colocam as necessidades dos outros acima das suas próprias.
Sentem dificuldade em expressar o que pensam e se ressentem com isso: “Sinto que sou invisível, ninguém me ouve.”
Você sabe o que significa ter uma comunicação “passivo-agressiva”?
A passivo-agressividade é quando alguém prefere dar indiretas ao falar o que pensa de verdade. Pessoas assim costumam parecer passivos, mas agem de maneira sutilmente agressiva, murmurando para si sobre o que as aflige ao invés de serem sinceros.
Características das pessoas passivo-agressivas:
- Não confrontam diretamente o problema.
- Sentem dificuldade em reconhecer suas frustrações.
- São velhos amigos do “tratamento silencioso”, e esperam que o outro perceba que há algo errado.
- É comum falarem mal pelas costas e negarem o problema quando confrontados por causa do seu comportamento.
- Desviam o olhar.
Podem dizer: “Para mim tanto faz. Posso fazer do seu jeito, se é o que você acha melhor.”
A passivo-agressividade não uma forma eficaz de comunicação e frequentemente é um motivo para desavenças.
Comunicadores com Comunicação Assertiva:
A comunicação assertiva é uma grande virtude. Ela nos oferece a oportunidade de expressarmos nossas opiniões sem que sejamos agressivos. Pessoas assertivas:
- Vão direto ao ponto, mas com a preocupação de falar o que precisam sem que o humor ou problemas pessoais interfiram.
- Comunicam-se de forma equilibrada.
- Expressam opiniões de forma respeitosa, concisa e clara (o que minimiza desentendimentos e torna os relacionamentos profissionais e pessoais mais harmoniosos.)
- Mantém contato visual.
- Linguagem corporal receptiva
Sabem enfrentar situações difíceis com equilíbrio e coerência. Quando alguém apresenta uma opinião contrária, agem com tranquilidade ao falar: “Obrigada por compartilhar sua opinião. Eu penso de outra maneira, porque ______ e ______, mas sua perspectiva é importante também.”
Quer avaliar a sua comunicação e praticar com alguns exemplos?
Como você responderia às seguintes situações, usando a comunicação assertiva?
O seu chefe te pede, de última hora, para trabalhar amanhã. Você já tem compromisso e não gostaria de ter que desmarcar.
a) “Me desculpe, mas eu não vou trabalhar no dia que não é meu, não sou paga para isso.”
b) “Posso, claro, sem problemas!”
c) “Infelizmente amanhã já tenho outro compromisso. Posso te ajudar de alguma outra forma?”
Você consegue identificar qual é o seu estilo de comunicação? Percebe se isso afeta suas conversas no dia a dia?
Invista sua energia em desenvolver uma comunicação assertiva. Quando você se comunica assertivamente, encontra o jeito certo de falar o que precisa e suas relações pessoais e profissionais fluem muito mais harmoniosamente.
* Cida Stier há mais de 30 anos estuda, pesquisa e trabalha com Voz Profissional e Comunicação em Público e no Vídeo. Fonoaudióloga, formada pela PUC-PR, mestre em Distúrbios da Comunicação pela UTP-PR, doutora em Administração em Neuromarketing, FCU-FL, especialista em voz pelo CEV-SP, pós-graduada em Distúrbios da Comunicação, em Educação Especial na PUC-PR, com MBA em Comunicação e Marketing Unicuritiba-PR. E também é colunista do portal Saúde Debate.
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