Pessoas a partir de 50 anos de idade e trabalhadores da saúde de todas as idades podem tomar a segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19 em todo Brasil. O Ministério da Saúde publicou duas notas técnicas que ampliam a aplicação da quarta dose. Mas como vai funcionar a quarta dose para pessoas com mais de 50 anos?A recomendação vale para quem tomou a primeira dose de reforço há pelo menos quatro meses. Em nota, o Ministério da Saúde informou que as notas técnicas consideram a necessidade de reforçar a imunização nessa faixa etária e para os trabalhadores que estão na linha de frente dos serviços de saúde, com maior risco de contaminação. As vacinas da Pfizer, Janssen e AstraZeneca podem ser usadas, independentemente da dose aplicada anteriormente.
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A pasta destacou que a combinação de vacinas diferentes para a dose de reforço tem se revelado eficiente em aumentar a imunização. “Uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, encomendada pelo Ministério da Saúde, mostrou que a combinação heteróloga para a dose de reforço, ou seja, de vacinas diferentes, é mais eficaz”, traz a nota. “Os resultados mostraram ainda que a dose de reforço pode aumentar em até 100 vezes a produção de anticorpos contra a covid-19. Até agora, mais de 4,5 milhões de brasileiros tomaram a segunda dose de reforço”, ressaltou o comunicado.
A partir disto, o Ministério da Saúde pediu que estados e municípios sigam as orientações da pasta para a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19. Segundo a pasta, a distribuição das doses é feita de forma equânime e proporcional em todo o país, conforme a necessidade de cada unidade federativa.
Cada estado e município informará como vai funcionar a quarta dose para pessoas com mais de 50 anos. A cidade de São Paulo, por exemplo, já começou a aplicação nesta segunda-feira (6 de junho).
A Secretaria de Saúde do Paraná informou que a aplicação da segunda dose de reforço do imunizante já está disponível a estes públicos e deve ser administrada respeitando um intervalo mínimo de quatro meses a partir do primeiro reforço (3ª dose). A aplicação é organizada pelos municípios paranaenses. Segundo dados do sistema nacional, cerca de 4,3 milhões de paranaenses não tomaram a dose de reforço e 1,3 milhão deixaram de fazer a segunda dose convencional (D2). De acordo com o secretário, o imunizante adicional é uma maneira de expandir a proteção e conter casos mais graves da doença.
Enquanto isso, segue o aumento no número de casos de Covid-19 no país. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica – ABRAMED divulgou dados sobre a positividade dos testes e, na semana entre 22 a 28 de maio, o índice chegou a 34,4%.
* Com informações da Agência Brasil e SESA
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