A Covid-19 novamente se antecipou e já está causando uma segunda onda de contaminações bastante graves e expressivas na Europa. No Brasil, especialistas avaliam que a primeira onda, ainda, sequer terminou. Na reportagem abaixo do Saúde Debate, por exemplo, o epidemiologista Bruno Scarpellini avaliou justamente esse cenário (Clique abaixo na matéria), indicando que não seria possível falar em uma segunda onda para o país.
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Mas autoridades de saúde e especialistas vêm alertando sobre a situação do Brasil nos últimos meses. Em algumas regiões, é verificada queda nos casos e nas mortes, o que gerou flexibilização das medidas de prevenção. No entanto, isso pode favorecer novas transmissões. Em outras partes do país, houve crescimento nos registros no mês de outubro, na comparação com meses anteriores.
Para evitar novas transmissões e até mesmo prevenir uma segunda onda de Covid-19 – ou pelo menos novo crescimento acentuado no número de casos -, a conscientização e cuidados pessoais são fundamentais. Entre os motivos pelos quais o vírus circula com mais facilidade estão a proliferação da doença em locais de grande circulação de pessoas em feriados, fins de semana, festas, mudanças climáticas, umidade favorável, ambientes pouco ventilados e ainda o despreparo imunológico da população. Ou seja, a combinação perfeita para a disseminação da Covid-19.
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Diante deste cenário, as estratégias de prevenção são fundamentais para evitar a Covid-19. Evitar qualquer tipo de aglomeração de pessoas, bem como manter o distanciamento social são medidas essenciais no bloqueio da transmissão do vírus. Além disso, o uso universal de máscara previne que as pessoas infectadas transmitam a doença aos demais e a higienização das mãos (lavagem de mãos e, quando não for possível lavá-las, utilizar álcool gel) frequente evita que as mãos atuem como vetores na transmissão do vírus.
Segundo o médico infectologista do Pilar Hospital, de Curitiba (PR), Eduardo Ditzel, o importante é procurar o atendimento médico quando surgirem sintomas, que podem ser desde a falta de paladar, até febre, dor de garanta e mal-estar. “O ideal ao desconfiar que se está infectado com o vírus é buscar auxílio médico, de preferência em serviços de emergência, pois a demora no tratamento dos casos mais graves pode causar graves danos à saúde e até a morte. Os pacientes com Covid-19 devem medir a oximetria digital diariamente, especialmente aqueles que tem mais de 60 anos, já que a hipóxia silenciosa (baixa oxigenação sem ter falta de ar) é um marcador de doença grave e de evolução desfarorável”, comenta.
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p class=”ql-align-center”>Médico infectologista Eduardo Ditzel (Foto: Divulgação)
Por enquanto, o que se sabe é que o vírus causador da Covid-19, chamado de SARS-CoV2, atinge os mais variados órgãos e sistemas e a doença evolui de maneira diferenciada em cada paciente. Assim, o resultado da testagem e o isolamento são primordiais, para qualquer pessoa que apresente sintomas. “Mesmo aqueles que apresentem uma doença inicialmente leve e já estejam em isolamento em casa, se os sintomas evoluírem para falta de ar, persistência ou aumento da febre, ou até hipóxia silenciosa, é hora de, novamente, procurar orientação médica imediata”, explica o especialista.
Segundo Ditzel, sem a vacina, a prevenção é ainda a melhor forma de salvar vidas. “Todas as pessoas, em especial as dos grupos de risco, precisam manter os cuidados: devem usar máscaras, evitar aglomerações, evitar acúmulo de pessoas em locais fechados e sem ventilação, manter o distanciamento social e higienizar as mãos com frequência. É preciso que as pessoas saibam que não é somente o risco de morte, mas a doença pode trazer outras complicações para a saúde dos pacientes, e elas podem causar danos para toda a vida”, conclui.
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