Em março de 2022, a ciência revelou um achado que promete revolucionar a medicina em suas diversas vertentes – entre elas a oncológica. Foram publicados seis artigos na revista científica Science sobre um estudo que estabelece pela primeira vez o mapa genético completo da espécie humana. E como o sequenciamento genético vai impactar a oncologia?
As novas informações contempladas nos 8% restantes da sequência de DNA humano (até o ano de 2021, somente 92% do código genético humano era de conhecimento científico) trazem dados importantes que ajudarão a compreender melhor e tratar diversas doenças, como alguns tipos de câncer; doenças genéticas, como a Síndrome de Down; o envelhecimento do corpo e demais características evolutivas da humanidade.
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A partir disto, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) relembra o aspecto fundamental do sequenciamento do DNA humano para os avanços no tratamento e na prevenção do câncer. “O conhecimento mais aprofundado do genoma humano tornou possível entender que o câncer se desenvolve a partir de alterações genéticas – hereditárias ou somáticas [adquiridas], que levam à multiplicação acelerada e desordenada das células e à consequente formação de tumores”, comenta o presidente da SBOC, Prof. Dr. Paulo M. Hoff.
Ainda segundo o especialista, a compreensão de que o câncer se forma da mutação do DNA permitiu também a identificação de alvos para o tratamento, conhecidos como marcadores tumorais, tornando possível desenvolver medicamentos específicos para cada tipo de tumor. “Foi a partir desse marco que surgiu uma gama de novas drogas para o enfrentamento do câncer, explica sobre como o sequenciamento genético vai impactar a oncologia.
Terapias-alvo, imunoterapia, terapia celular e outras inovações entraram em cena para estabelecer uma nova era no tratamento oncológico, chamada de medicina de precisão ou medicina personalizada.
“Avanços no tratamento e prevenção do câncer só são possíveis porque houve o sequenciamento do DNA humano. Estamos nos primeiros passos de algo que continuará sendo revolucionário para tratamentos futuros”, enfatiza o presidente da SBOC.
* Com informações da assessoria de imprensa
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