Uma doença crônica progressiva confundida com obesidade, pouco conhecida pela classe médica e pela sociedade. Causada pelo acúmulo de gordura em regiões específicas como braços, pernas e quadris, o Lipedema atinge cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil e 10% em todo o mundo. O diretor do Instituto Lipedema Brasil, Fábio Kamamoto, explica o que é e como identificar a doença.
As principais características do Lipedema, que possui quatro estágios, são: dores frequentes nas regiões das pernas, quadril, braços e antebraços, que ficam mais grossos e desproporcionais em comparação com o restante do corpo, no tornozelo parece que há um “garrote” e os joelhos perdem o contorno. A mulher pode apresentar hematomas (ficar roxa) por qualquer movimento mais brusco. Isto acontece porque a doença provoca reação inflamatória em células de gordura nestas regiões.
A doença foi incluída no Código Internacional de Doenças (CID 11) no início de 2022. Atualmente, há dois tipos de tratamento para o Lipedema, o clínico – com técnicas que amenizam a dor (por meio de dietas anti-inflamatórias e exercícios físicos), e o cirúrgico, que remove as células de gordura por meio da lipoaspiração.
Mesmo com a CID 11 para o Lipedema conquistada este ano, que deverá refletir positivamente para mais conhecimento técnico entre a classe médica, ainda não há tratamento gratuito para esta doença. Inspirado por isso, dr. Fábio idealizou a ONG Movimento Lipedema, localizada na nova sede do Instituto Lipedema Brasil, no bairro do Pacaembu, em São Paulo. O foco do trabalho, que será dirigido pela farmacêutica Gabriela Luciana Pereira, será social e direcionado para a população carente.
No Mês de Conscientização do Lipedema, o Instituto Lipedema Brasil e a ONG Movimento Lipedema farão algumas ações especiais como lives em seus canais proprietários e cursos semipresenciais com equipe multidisciplinar como nutricionistas e endocrinologistas para falarem sobre a doença. O objetivo da agenda pró-Lipedema é transmitir mensagens importantes de apoio, de conscientização e de acolhimento para que todas essas mulheres tenham mais conhecimento sobre a doença e não se sintam sozinhas.
*Informações Assessoria de Imprensa