A varíola dos macacos vem se espalhando de forma inédita pelo mundo. Por isso, existe a preocupação em saber como acontece a transmissão da varíola dos macacos e, assim, agir a partir da prevenção.
Identificado em 1958 nas florestas da África Central e Ocidental, a zoonose causadora da doença já acumula mais de 1.700 casos fora do continente Africano. Com parte do mundo receoso, as autoridades de saúde vêm de forma moderada o risco da doença no planeta. No entanto, eles não descartam a necessidade de manter a vigilância em cima do vírus.
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A médica infectologista do Eco Medical Center, de Curitiba (PR), Viviane de Macedo, explica como acontece a transmissão da varíola dos macacos. De acordo com ela, da maneira que a doença vem se espalhando, ainda não há uma explicação comprovada. No entanto, a forma conhecida de contágio é por meio de contato próximo com as feridas na pele, fluídos corporais, objetos ou superfícies contaminadas ou ainda gotículas respiratórias, seja de humanos ou animais infectados. O período de incubação pode acontecer entre 6 e 13 dias, podendo chegar até 21 dias.
O vírus da varíola dos macacos pode sofrer mutações para se adaptar ao organismo dos humanos. Segundo a médica infectologista, “o atual surto da doença pode ser consequência de um vírus que pertence a uma linhagem diferente das outras duas anteriores, o que pode refletir uma evolução acelerada para o padrão daquele vírus”.
A especialista ressalta que, nesse momento, é preciso ter atenção com os novos casos pelo mundo, inclusive sabendo como acontece a transmissão da varíola dos macacos para atuar na prevenção, mas que é menos provável que a doença cause uma pandemia de proporção como a do coronavírus. Isso porque “o vírus Monkeypox faz parte do gênero Orthopoxvirus que costuma ter menos mutações, anteriormente era uma a duas mutações por ano”, segundo Viviane.
Não há um tratamento específico para a doença. O que se sabe até o momento é que a vacina da varíola humana tem tido efeito para prevenir, proteger e atenuar os sintomas da doença. Existem também antivirais que podem ser usados em pacientes com evolução grave, porém, ainda não disponíveis no Brasil como o Tecovirimat e o Brincidofovir. No momento, não há registros de mortes relacionadas à varíola dos macacos.
* Com informações da assessoria de imprensa
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