Anvisa confirma caso de “superfungo resistente” e emite alerta

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta terça-feira (8 de dezembro) uma nota de alerta sobre o diagnóstico de um caso de infecção por Candida auris (C. auris) em território brasileiro. O diagnóstico ocorreu em um adulto internado no estado da Bahia e foi confirmado pelo Laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A presença do já chamado “superfungo resistente” vem chamando atenção também em outros lugares do mundo.

    A Anvisa destaca que o fungo “representa uma grave ameaça à saúde global”, e que já havia emitido um alerta de risco anteriormente, em 2017. O alerta foi feito em função de relatos de surtos da doença causada pelo C. auris na América Latina comunicados pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    A Anvisa informa que trabalha para revisar o comunicado de risco emitido anteriormente e informa que uma força-tarefa nacional já está organizada. “A Agência está trabalhando para contemplar a nova situação epidemiológica do país, a inclusão de outros laboratórios como referência para a rede nacional e as novas evidências científicas disponíveis. Recomendamos que os serviços de saúde e laboratórios de microbiologia estejam alertas às orientações”, registra a nota. 

    O Candida auris (C. auris) foi identificado pela primeira vez no ouvido de uma mulher japonesa em 2009. É considerado de difícil diagnóstico e vem se espalhando pelo mundo. O Candida auris é resistente a praticamente todos os medicamentos existentes e, por isso, passou a ser classificado como um “superfungo”.

    Entre as preocupações em relação a esse caso estão o fácil contágio e a transmissão por diversos materiais hospitalares como estetoscópios, medidor de pressão, macas e termômetros, por ser de extrema aderência. Vários países já confirmaram a presença do “superfungo” em ambientes hospitalares. A taxa de mortalidade é de 39%.

    * Com informações da Agência Brasil e do portal G1.

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