Convido a todos os leitores e leitoras a acessarem o novo material disponibilizado pelo Ministério da Saúde (MS) sobre Anomalias Congênitas 2020/2021 (https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/analise-de-situacao-de-saude/saude-brasil_anomalias-congenitas_26out21.pdf/). A primeira versão do livro Saúde Brasil: anomalias congênitas prioritárias para a vigilância ao nascimento aborda uma importante temática que merece a atenção de todos por ser uma importante situação de saúde que afeta tanto usuários do Sistema Único de Saúde quanto usuários da Saúde Suplementar, em suma, que afeta a todos os brasileiros.
Conforme o MS, “as anomalias congênitas representam um grupo de alterações estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina e são importantes causas de doenças crônicas, deficiências, bem como de mortalidade fetal, em recém-nascidos e em crianças. No mundo, estima-se que entre 2% e 3% de todos os recém-nascidos apresentam algum tipo de anomalia congênita. No Brasil, as anomalias congênitas representam a segunda principal causa de morte em crianças com menos de 5 anos. Porém, muitas anomalias são passíveis de intervenção médica, aumentando a sobrevida, diminuindo a morbidade e melhorando a qualidade de vida dos indivíduos afetados.” é muito importante lembrarmos desta situação de saúde, não somente durante o acompanhamento pré-natal, mas também nos aconselhamentos pré-concepcionais e puerperais.
Outro ponto importante é lembrar que a notificação das anomalias congênitas é compulsória para todos os profissionais de saúde no Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc), regulamentada pela Lei n.º 13.685, de 25 de junho de 2018. Notificar uma situação de saúde fortalece o acompanhamento deste evento para a saúde de todos e fornece subsídios para que políticas públicas de melhoria de assistência e acesso a serviços sejam implementadas.
As anomalias congênitas foram assunto de grandes discussões principalmente nos anos de 2014 e 2015, durante a epidemia do Zika vírus em nosso país. Mas é necessário que tanto profissionais de saúde quanto cidadãos em geral estejam atentos para a necessidade de prevenir infecções e alterações de saúde relacionadas com a gestação continuamente, não apenas em momentos de epidemias. Pois, ao se oferecer adequada assistência à saúde da gestante, estamos buscando adequada assistência também ao seu bebê e a toda uma geração futura.
Boa leitura a todos e todas e até a próxima coluna.
* Elide Sbardellotto Mariano da Costa é graduada em Medicina pela UFPR. Especializações registradas: Clínica Médica, Cardiologia e Medicina Preventiva e Social. Área de atuação em Auditoria e Administração em Saúde. MBA Executivo em Gestão de Saúde pela ISAE / Fundação Getúlio Vargas. Mestrado em Medicina Interna pela UFPR. Servidora concursada da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná. Em doutoramento pela UFPR, além de colunista do Saúde Debate
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