Por Rodrigo Rocha, profissional com Certificação CFP®
O início de um novo ano representa para a maioria de nós o início de um novo ciclo: são novos objetivos, alguns novos sonhos, projetos… Esse também deve ser um momento de olhar para nossa vida financeira e analisar como foi o ano que passou e, principalmente, como devemos nos organizar financeiramente para o ano que irá iniciar. Ou seja, Ano Novo significa novo planejamento financeiro!
Pensando no lado financeiro, uma ótima coisa para fazer é um check out das nossas finanças em relação ao ano que passou, ou seja, olhar no que gastamos nossos recursos financeiros, se estes gastos foram dentro do esperado, quais foram as despesas extras que tivemos, se conseguimos cumprir nosso plano financeiro, se sobraram ou faltaram recursos, e como foi o desempenho das aplicações financeiras.
No âmbito econômico, 2021 foi um período de grandes mudanças: voltamos a ter uma inflação acumulada chegando em dois dígitos e uma taxa Selic que iniciou 2021 em 2,00% ao ano e irá fechar em 9,25% ao ano.
Com base nessa análise, precisamos montar o planejamento financeiro para o ano que se inicia. A primeira coisa a se fazer é planilhar todas as despesas para 2022, tanto aquelas despesas fixas mensais quanto sazonais, como: seguros, impostos, manutenção de carros e casas, matrícula e material escolar, entre outros.
Baseado na planilha de gastos, devemos montar um fluxo de pagamentos e recebimentos para o próximo ano, considerando a sazonalidade destes gastos (e também dos recebimentos, se for o caso). Com esse fluxo em mãos, podemos começar a pensar em como investir o excedente de cada mês, ou correr atrás de créditos e outras soluções financeiras caso a conta não esteja fechando.
Uma vez montado este fluxo financeiro, teremos uma fotografia da nossa situação financeira, sendo que para o dinheiro que estiver sobrando no mês a mês, poderemos negociar as aplicações com o prazo de carência de resgate correto para cada montante, maximizando assim os ganhos.
É importante que o dinheiro da reserva de emergência seja mantido em aplicações financeiras com rendimento diário e sem nenhuma carência, mesmo que isso implique em ganhar menos juros nesta parte dos recursos. Já os demais valores podem ser aplicados com carência de 90, 120 ou 180 dias, conforme o planejamento de utilização, sempre lembrando que quanto maior a carência melhor deve ser os ganhos nesta aplicação.
Identificando que faltarão recursos em algum mês, o planejamento ajudará para podermos negociar uma saída, seja através de crédito ou alguma outra solução (com bastante antecedência para que o custo financeiro deste ajuste seja o menor possível). Lembrando que este planejamento deve ser feito em conjunto por todos os integrantes da família que serão diretamente afetados por estas decisões, assim garantimos que as necessidades de todos serão atendidas e gerará maior engajamento no cumprimento dos objetivos.
Converse sempre com o gerente da sua instituição financeira para ele poder lhe auxiliar na escolha do melhor produto para cada necessidade do seu planejamento, tanto para aplicação financeira quanto para a tomada de crédito quando necessário.
E, se precisar de ajuda, envie email para: contato@uniprimebr.com.br
* Semanalmente, a Uniprime – cooperativa de crédito fundada por médicos e criada com o propósito de melhorar a vida financeira das pessoas – compartilha com os leitores uma coluna sobre educação financeira para ajudar na saúde de todos. A Uniprime é uma das instituições parceiras do Saúde Debate
Clique aqui para conferir as colunas da Uniprime
Leia outros artigos publicados no Saúde Debate
Conheça também os colunistas do Saúde Debate