Venture builder acumula R$ 40 milhões de valuation com healthtechs

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(Foto: pressfoto / Freepik)

As startups e venture builders estão em ascensão e isso não é um fator novo. E, embora tenham suas especificidades e atuem em diferentes ramos, nos últimos dois anos, em decorrência da crise sanitária acarretada pela covid-19, iniciativas ligadas à saúde estiveram em evidência. A Distrito estima que, no primeiro trimestre de 2021, os investimentos em healthtechs tenham somado US$ 90 milhões e, até o final deste ano, a projeção é de que a cifra ultrapasse os US$ 200 milhões. Outro segmento em alta é o de educação. No Brasil, as edtechs cresceram 28% no ano passado e devem movimentar globalmente US$ 350 bilhões até 2025, conforme também prevê a Distrito.

Apesar dos desafios na captação de investimento e as incertezas geradas pela crise mundial, o cenário das healthtechs e edtechs ainda é promissor. E nesse contexto, encontra-se a FHE Ventures, uma venture builder com tese em saúde e em educação vinculada à Saúde Ventures e à FCJ Venture Builder, pioneira do modelo no Brasil. A venture builder é um rebranding de uma outra sociedade criada em 2021 em Belo Horizonte e vinculada a um grupo educacional. O nome FHE foi cuidadosamente escolhido para atuar como “Funds for Health and Education”, no desenvolvimento de startups do setor.

“A grande prova da expectativa do mercado em torno das healthtechs e edtechs é a crescente criação de fundos de investimento voltados a essa área e provenientes de grandes grupos, como DASA, Afya, Ânima e BTG Pactual”, pontua Rafael Kenji, CEO da FHE Ventures.

A FHE Ventures tem a missão de desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e de educação. O foco é a ampliação e a criação de novas atividades, ferramentas ou processos inovadores que possam resolver as dores do mercado de saúde e transformar a educação nesse setor, impactando, como consequência, o bem-estar das pessoas.

O nome em inglês amplia a possibilidade de a venture builder gerar valor ao mercado internacional, além de potencializar a capacidade de as startups atingirem públicos-alvos fora do Brasil. A escolha visa atrair a atenção de investidores estrangeiros que estejam interessados no mercado brasileiro, principalmente de países como Portugal e Bélgica.

Inicialmente, a companhia foi criada também para resolver dores patentes da instituição de ensino à qual estava vinculada, mas agora sua atuação se amplia não apenas ao mercado brasileiro, mas também à Europa e aos Estados Unidos, onde as próximas captações de startups e investimentos devem acontecer.

Atualmente, devido às entradas dos investimentos realizados pelos investidores-anjo da FHE Ventures, a empresa possui valuation de R$ 40 milhões, com 8 startups no portfólio edificadas simultaneamente e mais de 50 investidores-anjo e conselheiros. A meta é ter uma carteira com 15 startups até dezembro de 2022 e 50 até o final de 2027, com pelo menos 5 exits série A nos próximos dois anos. Além disso, a FHE pretende ampliar em mais R$ 5 milhões a captação de investimentos, utilizados para desenvolver as startups do portfólio.

A venture builder também conta com uma equipe maior neste ano a fim de conseguir entregar a estratégia em áreas essenciais para o crescimento e o desenvolvimento de startups, como no acompanhamento das OKRs (objetivos e resultados-chave) das empresas, além de atuação no setor comercial, no marketing e na Governança Corporativa. Nos próximos anos, a FHE ainda tem como meta adquirir 10 novas startups por ano e um crescimento da equipe de colaboradores em mais de 50% nos próximos dois anos, com foco no time de inovação e na área comercial.

O próximo Investor Day, evento de seleção de startups e avaliação pelos investidores-anjo, acontecerá em agosto deste ano, com a perspectiva de entrada de mais três startups para o portfólio. No evento, as startups avaliadas pela FHE Ventures devem preencher requisitos como: ser do segmento de saúde ou de educação, um responsável para cada área – tecnologia, ações de marketing e departamento comercial –, ter um modelo de negócios definido, com produto pronto e em vendas, estar faturando e ser escalável, entre outras contrapartidas. Após a aprovação no Investor Day, a startup passa por uma nova due diligence e assina o memorando de entendimentos para dar início aos trabalhos.

É importante ressaltar que a FHE Ventures não compete com os fundos de venture capital. Pelo contrário, ambos são aliados em busca de novos investimentos e incentivos às startups brasileiras, aquecendo as apostas no setor. O que difere o que é melhor para uma startup procurar a companhia ou outro tipo de investimento é o estágio de maturação dessa empresa e o momento de necessidade de investimento em capital.

Em geral, as startups que entram no portfólio de venture builders do grupo FCJ (ao qual a FHE pertence), são aquelas que estão no processo de escalada do seu crescimento e precisam principalmente de apoio em suas áreas estratégicas. A partir do momento em que cresce a necessidade de aporte financeiro direto, as startups passam a necessitar de outros tipos de investimento, complementares às venture builders.

“Apesar do cenário desafiador com a diminuição do crescimento das bigtechs e a crise mundial acentuada pela guerra na Ucrânia, o cenário das startups no Brasil ainda é muito promissor. Cada vez mais investimentos são alocados nesse tipo de empresa no país e novos fundos de investimento são criados, com foco em startups nas áreas de saúde e de educação, carros-chefes da FHE Ventures. Essa manutenção, e até mesmo crescimento, do investimento em startups no país alimenta o ciclo de investimento”, finaliza Rafael Kenji, CEO da FHE Ventures.

* Informações assessoria de imprensa

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