Trabalho dos biomédicos é evidenciado pela pandemia

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(Foto: Ilustração/Freepik)

A pandemia colocou em evidência todos os profissionais de saúde nos dois últimos anos. Além dos médicos e enfermeiros, os biomédicos ganharam relevância e continuam atuando no combate ao Coronavírus. De acordo com o Conselho Regional de Biomedicina do Paraná, de cada dez diagnósticos clínicos relacionados à Covid-19 em 2021 no estado, nove passaram pelas mãos dos biomédicos.

E foi uma biomédica brasileira que realizou o primeiro sequenciamento do genoma do Coronavírus circulante na América Latina, apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil. Pelo seus trabalhos relevantes, Jaqueline Goes de Jesus – biomédica da Bahia – foi uma das cientistas escolhidas pela fabricante de brinquedos Mattel para ser homenageada com uma nova versão da boneca Barbie.

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A visibilidade da profissão também gerou reflexos nas universidades. Entre as dez graduações à distância mais procuradas em 2020 – e que registraram aumento no ingresso de alunos em relação a 2019 – a Biomedicina deu um salto de 190%, segundo o Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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Atualmente, o Paraná tem cursos de Biomedicina em mais de 50 instituições de ensino superior. Há faculdades em cidades como Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa, Campo Mourão, Apucarana, Foz do Iguaçu, Araucária, Guarapuava, Ivaiporã e Assis Chateaubriand.

Orgulho da profissão

O presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná – 6ª Região (CRBM6), Thiago Massuda, ressalta a importância da categoria. “Cerca de 4.500 biomédicos atuam no Estado. Esses profissionais ajudaram a entender como ocorre a disseminação do vírus, as suas mutações e, consequentemente, foram importantíssimos no desenvolvimento de testes de diagnósticos e de vacinas para a pandemia, que ainda não terminou”, destaca.

Os biomédicos também atuam em mais de 30 segmentos de saúde tais como o diagnóstico laboratorial de doenças infecciosas (aquelas que são causadas por microrganismos); a identificação de neoplasia (multiplicação anormal de células) e de doenças metabólicas, entre outras.

Esses profissionais também são requisitados para falar sobre contágio, prevenção, mutações, vacinas, mecanismos de defesa, imunidade e outros temas relacionados ao Coronavírus. Os biomédicos são representados em todo Paraná pelo CRBM6, que atua com delegacias regionais pelas cidades de Curitiba, Campo Mourão, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, União da Vitória, Ponta Grossa, Guarapuava, Umuarama e Guaíra.

Demanda de mercado

“A sociedade viu o quanto esses trabalhos desenvolvidos pelos biomédicos ajudaram a população nas horas mais delicadas. Além dos mais de 4 mil profissionais que atuam no Paraná, o número deve crescer nos próximos anos, uma vez que existe grande demanda por profissionais na área da saúde”, explica a biomédica e mestre em Microbiologia, Parasitologia e Patologia pela UFPR, Jannaina Ferreira de Melo Vasco.

Paralelamente aos trabalhos na pandemia, a normativa 01/2020 do Conselho Federal de Biomedicina regulamentou a atuação deste profissional habilitado na especialidade de imunologia para os serviços de vacinação. “Haverá muita demanda de agora em diante. Felizmente, o Brasil forma profissionais de altíssima qualidade para o mundo”, enfatiza Jannaina.

*Informações Assessoria de Imprensa

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