O Hospital Unimed Campinas, primando pela humanização dos tratamentos, aderiu à Terapia Assistida por Animais (TAA), ou Pet Terapia, técnica cientificamente comprovada que ajuda a promover o bem-estar físico, emocional, social e cognitivo de pacientes, recomendada em diversas situações, incluindo o tratamento de pessoas acamadas ou hospitalizadas, com deficiências físicas e/ou intelectuais, assim como de pessoas com doenças psiquiátricas. A visita dos pets ajuda a diminuir o medo e a ansiedade, que podem dificultar determinados tratamentos. Estudos mostram que, além de tirar o foco do problema de saúde, a interação com animais estimula a liberação de uma série de substâncias associadas ao bem-estar, como a dopamina (neurotransmissor que atua no sistema nervoso central), ocitocina (“hormônio do amor” por estar associado a sentimentos de prazer e por afetar a capacidade de estabelecer relações) e endorfina (hormônio natural produzido pelo cérebro que atua como um analgésico natural, aliviando dores e reduzindo o estresse).
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Além disso, a terapia com cachorros também diminui os índices de cortisol (“hormônio do estresse”, que ajuda o corpo a lidar com essa situação, aumentando a energia e melhorando o foco). “Por isso, essa terapia é muito benéfica para os pacientes em condição hospitalar. Nesse contato com os animais, observa-se, inclusive, a melhora no relacionamento interpessoal dos pacientes, a promoção do autocuidado, a redução do sentimento de solidão, a estimulação da atividade física, a melhora dos parâmetros cardiovasculares e a elevação do bem-estar. As visitas dos animais beneficiam também os enfermeiros, inclusive melhorando a relação com os pacientes, além de promover a humanização no ambiente hospitalar”, explica Emílio.
Visitas dos pets
No Hospital Unimed Campinas, as visitas de Thor e Maya são quinzenais e acontecem de forma revezada, ou seja, um cão de cada vez. Isso porque, para seguir os protocolos, os cães devem tomar banho até 48 horas antes da visita. E, para a raça deles, não são recomendados banhos com menos de 15 dias, devido à pelagem dupla. “Além disso, a troca de energia com os pacientes é muito forte, e precisamos preservar os cães”, esclarece o tutor. Emílio e Sônia escolheram os goldens retriever para este trabalho por serem cães inteligentes, dóceis, amigáveis, obedientes, muito fáceis de lidar e que amam agradar. São, além de excelentes animais de terapia, também ótimos guias para deficientes visuais e para atuar em resgate de pessoas. Thor e Mayga têm sete anos de vida e começaram a ser treinados aos seis meses para socialização e adestramento. Para atuar com eles em hospitais, os tutores seguem um rigoroso protocolo, aprovado pela Comissão Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que inclui a apresentação da carteira de vacinação sempre atualizada e de um relatório do veterinário, assegurando que eles estão livres de doenças. Para ingressar nos hospitais, eles precisam estar com coleiras e com placas de identificação no pescoço. Por isso, Thor e Maya usam crachás.
Os médicos e a equipe de enfermagem identificam os pacientes que desejam receber a visita dos animais. São recomendados aqueles que gostam de cachorro, pacientes deprimidos, ou hospitalizados de longa permanência e sem perspectiva de alta. Não são permitidas as visitas aos pacientes em qualquer tipo de isolamento, internados em leitos de UTI, com algum tipo de restrição médica ou que não gostem de animais ou tenham medo de cachorros. Todos os pacientes, visitantes e profissionais da área da saúde devem higienizar as mãos antes e após cada contato com o animal. Em quartos coletivos, o paciente que está ao lado é comunicado e deve estar de acordo com a visita. O animal não pode ter acesso ao banheiro do paciente ou permanecer sobre a sua cama.
Humanização dos tratamentos
A unidade hospitalar não é pioneira na Unimed Campinas a receber esse tratamento humanizado com cães. Em maio passado, oito cães de diferentes raças da Instituição Medicão, dentro da programação da 9ª Semana da Sustentabilidade, circularam pelos departamentos de cada uma das sedes da Unimed Campinas para levar mais descontração aos colaboradores. A ideia foi proporcionar relaxamento e, dessa maneira, provocar a consciência de que é preciso ter momentos de descompressão, que fazem tão bem à saúde física e mental.
História
O primeiro relato do uso terapêutico de animais foi registrado na Bélgica, no século IX, com a utilização de animais no auxílio a pessoas com alguma incapacidade. Em 1860, uma enfermeira de origem inglesa teria recomendado a presença de animais de estimação como excelentes companhias para os pacientes crônicos. Mas, apenas em 1961 obteve-se o primeiro registro sobre a utilização de cães como instrumento terapêutico na interação com pacientes infantis e adolescentes. A partir daí houve maior difusão para os programas, baseados em estudos, que buscam ajudar os pacientes. Oficialmente, esses programas são conhecidos como Terapia Assistida por Animais (TAA) e Assistência Auxiliada por Animais (AAA). A TAA utiliza um animal treinado que, por longos períodos, interage com o paciente e realiza exercícios supervisionados. A AAA, ou visitação, é uma intervenção esporádica para recreação e entretenimento. Os animais utilizados com maior frequência são cães, gatos, peixes, coelhos, chinchilas, tartarugas e cobaias (hamsters).
*Informações Assessoria de Imprensa
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