Startup incubada pelo Sírio-Libanês quer usar a IA para dar novos rumos à medicina mundial

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2024-01-12 | 12:00h
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2024-01-12 | 14:53h
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(Foto: Divulgação)

A implementação da Inteligência Artificial em ambientes médicos, como consultórios, clínicas e hospitais, tem ganhado cada vez mais notoriedade. Um dos players que vêm potencializando esse mercado no Brasil é a Sofya, startup pioneira em raciocínio digital na área da saúde e que nasceu dentro do núcleo de inovação do Hospital Sírio-Libanês. Sua solução, que une uma plataforma de voz e a inteligência artificial, tem possibilitado que os médicos, enfermeiros e outros profissionais do segmento reduzam em mais de 40% o tempo utilizado para o preenchimento de formulários assistenciais e elevem o nível de precisão e personalização nos cuidados dos pacientes.

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De acordo com Igor Couto, CEO da Sofya e um dos maiores especialistas em deep tech no mundo, a ferramenta tem o objetivo de ajudar os profissionais da saúde a construir qualidade clínica, evoluindo a eficiência, personalização e a medicina de precisão em suas tarefas mais críticas. “Hoje, se os profissionais de saúde tivessem que cumprir à risca todos os protocolos de atendimento para os pacientes precisariam gastar cerca de 26 horas por dia, o que é humanamente inviável. A Sofya chega para combater essa burocracia e permitir que médicos e enfermeiros liderem o caminho da inovação na área”, afirma.

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Por meio da tecnologia, a empresa contribui na execução dos protocolos clínicos, ajuda no diagnóstico e proporciona eficiência financeira na medicina. Para isso, o sistema da Sofya oferece desde automatização de tarefas rotineiras, como preenchimento de documentação através da voz, até o suporte para decisões clínicas complexas, como diagnóstico de hipóteses e sugestões de exames laboratoriais adequados.

Podendo ser customizável pelos próprios médicos e especialistas, a solução permite ainda a otimização de filas em pronto atendimento, a identificação de casos de anafilaxia em prontuário eletrônico e acelera o preenchimento do DRG, sistema global para classificar casos hospitalares. Além disso, a plataforma realiza a análise de todo o histórico de exames do paciente, mitigando o risco de possíveis doenças futuras.

Origem no Sírio-Libanês

Fundada em 2022, a Sofya foi criada a partir de uma força conjunta formada pelos especialistas em tecnologia da empresa e o squad médico do Sírio-Libanês. Desde então, a ferramenta já impactou na vida de mais de 40 mil pacientes. Voltada inicialmente para o ambulatório de cardiologia do Sírio, a solução deverá ser expandida para todas as áreas do hospital já nos primeiros meses de 2024, apoiando o trabalho de mais de 6 mil enfermeiros da instituição.

A chegada do próximo ano deve representar ainda a captação do primeiro aporte da startup, que planeja a realização de roadshows no Brasil e Estados Unidos. Segundo Igor Couto, a expectativa é de que o montante arrecadado seja utilizado para a estruturação de uma nova plataforma, voltada a programação de novas IAs médicas e protocolos clínicos confiáveis. “A ideia é que este novo produto contribua para assegurar a confiabilidade das informações, por meio da sistematização das terminologias e padrões de bioinformática, e consiga atuar de forma simplificada com uma conexão plug and play”, explica.

O nascimento da Sofya surge para comprovar a tese do forte impacto da IA no setor da saúde. Segundo um levantamento realizado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e pela Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS), 62,5% dessas instituições incorporam essa tecnologia de alguma maneira.

Burocracia digital é caso de burnout

Um levantamento interno do Hospital Sírio-Libanês identificou que os profissionais de saúde entendem que a burocracia é um dos principais entraves na agilidade e na qualidade do atendimento. Esse dado é reforçado por estudo publicado no Annals of Internal Medicine, no qual demonstrou que para cada uma hora dedicada à assistência do paciente, duas são destinadas à entrada de dados nos sistemas, o que acaba por diminuir o tempo de atenção ao relacionamento com o enfermo e seus familiares.

Como resultado, além da perda de qualidade nos atendimentos, a elevada burocracia e documentação afeta a qualidade de vida desses profissionais. Hoje, 40% das causas de burnout estão relacionadas às tarefas ligadas ao prontuário eletrônico, segundo a JAMA Network.

“Graças a criação da Sofya, possibilitamos que nossa equipe passe menos tempo olhando para a tela do computador, e use esse intervalo para interagir de forma mais profunda com o paciente, olhando em seus olhos e fornecendo um atendimento mais humanizado”, afirma Diego Aristides, CTO do Hospital Sírio-Libanês.

*Informações Assessoria de Imprensa

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