A brasileira Engenetiq, empresa de biotecnologia com foco em genética, investida pela techtools ventures, lança no mercado brasileiro uma solução de extração de material genético inédita no mundo. Trata-se do X-Magic, uma inovação disruptiva de baixo custo, que permite a extração de DNA e RNA em qualquer lugar, pois dispensa o uso de equipamentos laboratoriais e de pessoal especializado, e pode ser armazenado em temperatura ambiente. Outra característica revolucionária do produto é o tempo de extração, pois todo o processo pode ser concluído em apenas dois minutos, com qualidade de laboratório. O extrator será voltado ao mapeamento genético populacional e à criação do primeiro grande banco de dados de prontuários genéticos do país – possibilitando às pessoas fácil acesso a milhares de testes genéticos disponíveis no mundo, que serão conectados pela Engenetiq através de um market place de soluções genéticas. O X-Magic está em fase final de registro na Anvisa.
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O produto deve ser disponibilizado ao mercado a partir de outubro de 2022, com projeção de R$ 1 milhão de unidades produzidas até o final do próximo ano. A ideia é usar o método em diversas aplicações, tais como testes para que pessoas possam saber se têm predisposição a alguma doença, como câncer de mama ou de próstata, gerando benefícios para pacientes, governos, operadoras, instituições de saúde, laboratórios, clínicas, entre outros.
Para o fundador da techtools ventures, Jeff Plentz, a produção do X-Magic em larga escala deve gerar 1 milhão de prontuários genéticos no Brasil, colocando o país no cenário global da medicina 4P, que versa sobre prevenção, predição, personalização e participação. “Quando esse extrator revolucionário de DNA e RNA, desenvolvido pela Engenetiq, passar a ser produzido em grande quantidade, o maior beneficiado será o SUS, que passará a ter condições de discutir genética, sinistralidade genética e medicina 4P em nível das maiores nações do mundo”, disse o executivo.
A solução de identidade genética poderá ser acessada por meio do aplicativo Tília Saúde Digital, plataforma para digitalização da jornada do paciente, desenvolvida pela techtools health. A realização de leitura genética do DNA e RNA poderá ser feita através de exames simples, a partir da coleta de urina, sangue, saliva ou muco do nariz.
Por meio dos hospitais filantrópicos afiliados à Confederação das Santas Casas (CMB), principal parceiro de inovação da techtools health, Plentz afirma que haverá uma capilaridade inédita, que, somada ao baixo custo de mapeamento genético e à segurança do armazenamento dos dados, poderá antecipar no Brasil um movimento de transformação digital da saúde já realizado em países como a Finlândia.
Segundo ele, o paciente deverá autorizar o serviço, por meio de um cadastro no aplicativo Tília Saúde Digital, onde toda a autenticação será digital, com reconhecimento facial e análise de documentos. O próximo passo será a validação do processo em um ponto de coleta, no momento da entrega dos materiais biológicos. “A Engenetiq será a guardiã dos dados dos pacientes, garantindo compatibilidade com a LGPD em todo o acesso digital ao sistema de saúde. O que estamos fazendo é transformar vidas, tornando essa tecnologia acessível. Assim, muito mais pessoas poderão conhecer sua própria identidade genética e guardá-la em um blockchain para autenticar seu código único em qualquer lugar do mundo”.
De acordo com Hércules Pereira Neves, cientista chefe da Engenetiq, com apenas 2% do DNA extraído, é possível acessar um marketplace de soluções em genética, prevenção em saúde, bem-estar e alimentação. “Ademais, 63% desse DNA é um material valioso para pesquisa da indústria farmacêutica e de biotecnologia, não apenas para melhorias e novas soluções para humanos, como também para plantas e animais”, disse o especialista. O extrator X-Magic funciona com seres humano, fauna e flora. “Isso traz incontáveis possibilidades para o desenvolvimento da saúde e do estilo de vida”, acrescentou Neves.
Ainda segundo Plentz, a empresa já iniciou conversas com municípios e estados. “Nosso principal objetivo é que prefeituras e governos estaduais possam usar a tecnologia de identidade genética para promover o planejamento preventivo de saúde populacional, com eficiência e a um baixo custo. Desse modo, contribuímos para a democratização e a massificação do acesso das pessoas à medicina do futuro”, afirmou.
*Informações Assessoria de Imprensa