Setor filantrópico é protagonista no atendimento público de Saúde

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(Foto: Freepik)

Agente essencial no fortalecimento e na expansão do atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde) – que em 19 de setembro, completa 34 anos -, a rede hospitalar filantrópica é responsável por importante fatia das demandas do sistema público, considerado o maior do mundo e que atende mais de 190 milhões de pessoas todos os anos, sendo referência global em diversas ações na área de saúde.

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No Brasil,1.814 hospitais filantrópicos disponibilizam 184.328 leitos (unidades de internação e UTI), sendo 129.650 destinados ao SUS. Em 800 municípios brasileiros, a assistência hospitalar é realizada unicamente por essas estruturas hospitalares, que garantem empregos para mais de um milhão de pessoas.

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Dados levantados pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) revelam o importante suporte dessas instituições no atendimento à saúde brasileira. Em 2023, as internações com perfil de alta complexidade realizadas pelo setor filantrópico somaram 61,33%. A rede pública foi responsável por 27,94% e, a rede privada, por 10,73%.

Também no ano passado, os hospitais filantrópicos realizaram 67% dos atendimentos de oncologia e 65% das cirurgias de cardiologia foram feitos por essas instituições, além de 60% das cirurgias eletivas de alta complexidade.

Em outra importante prestação de serviço, as entidades filantrópicas foram responsáveis por quase 70% dos procedimentos de transplantes de órgãos, em 2023. Esses hospitais também estiveram à frente de 68% dos transplantes de medula óssea e 62% dos transplantes de tecidos e células.

“A rede hospitalar filantrópica é a base do SUS. Esses números não são apenas estatísticos; eles representam vidas salvas, cuidados oferecidos e a dedicação de milhares de profissionais comprometidos com a saúde e o bem-estar da nossa população”, fala o presidente da CMB, Mirocles Véras. “Os nossos hospitais se orgulham de seu papel e se comprometem a continuar sendo um parceiro estratégico do SUS, trabalhando para melhorar cada vez mais a qualidade e a eficiência do atendimento à saúde no Brasil”, completa.

Batalhas e conquistas

O setor filantrópico de saúde mostra sua força e se dedica intensamente na busca por melhorias para a sustentabilidade dessas instituições. O SUS cobre, em média, 60% dos custos dos procedimentos realizados, o que leva as instituições a recorrerem a maneiras de complementar o restante destes valores com doações, emendas parlamentares e empréstimos bancários que, embora necessários, podem resultar em desafios financeiros adicionais para as instituições.

Em uma luta de muitos anos e com apoio do deputado federal Antonio Brito, presidente da Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas, o setor conquistou, no início deste ano, a sanção da lei nº 14.820/24 – criada a partir de projeto de lei de Brito -, que garante a revisão anual dos valores de remuneração dos serviços prestados ao SUS. As instituições, agora, aguardam a regulamentação da lei.

“O setor também vem atuando intensamente na busca por melhoria de gestão e em reforço ao compromisso de fazer valer cada centavo dos recursos recebidos para executar um SUS de qualidade e referência nacional. Neste sentido, temos atuado com projetos que visam a eficiência hospitalar”, conta o presidente da CMB.

Um desses projetos, em parceria com o IAG Saúde, é o “Focus DRG Brasil”. O objetivo da iniciativa é aumentar a rentabilidade do SUS, agregando valor e otimizando a gestão de hospitais filantrópicos, de modo a transformar desperdícios assistenciais em melhorias e resultados financeiros positivos. “Essa e tantas outras ações que estamos desenvolvendo buscam a aderência do setor às novas tecnologias, diante da preocupação com a estrutura que vamos disponibilizar para atender aos cidadãos, especialmente diante do cenário da crescente população idosa em nosso país”, conclui.

*Informações Assessoria de Imprensa

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