Setor de dispositivos médicos tem alta de 4,58% no emprego até junho

dispositivos médicos
(Foto: katemangostar/Freepik)

O setor de dispositivos médicos encerrou o primeiro semestre de 2022 com 75.992 postos de trabalho, representando crescimentos respectivos de 6,38% e de 4,58% na comparação com os números registrados nos seis primeiros meses de 2021 (71.432) e com o número final de postos de trabalho em dezembro do ano passado (72.660). Os dados foram compilados pela ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos.

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Porém, entre janeiro e junho de 2022, o setor criou 3.332 postos de trabalho, o que significou uma retração de 36% na comparação com as 5.220 vagas geradas nos seis primeiros meses do ano anterior. “Essa redução ocorreu porque em 2021 as empresas tiveram que repor as perdas de vagas ocasionadas pela pandemia, em 2020, quando se tratavam apenas as emergências e não eram realizados procedimentos eletivos que necessitavam de inúmeros dispositivos médicos”, explicou o superintendente da ABIMO, Paulo Fraccaro. O maior número de empregos gerados no primeiro semestre de 2022 foi do segmento de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos (3.239 postos de trabalho).

Essa menor velocidade de crescimento em 2022 foi sentida também no item produção física: enquanto a fabricação de aparelhos eletromédicos e eletroterapêuticos e equipamentos de irradiação havia crescido 15,4% no primeiro semestre de 2021, na comparação com 2020, o índice em 2022 ficou em 8,7%. Já o setor de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos óptico, cuja produção havia se elevado em 31,9% em 2021, teve alta de 21,8% nos seis primeiros meses de2022. “Mas a boa notícia aqui é que ambos os segmentos de nosso setor cresceram mais do que a indústria de transformação como um todo”, explicou Fraccaro.

Balança comercial setorial

No primeiro semestre de 2022, as exportações do setor chegaram a US$ 393,2 milhões, o que significou uma alta de 9,5% na comparação com os US$ 359,2 milhões registrados nos seis primeiros meses 2021. Nesse período comparativo, a importações caíram 8,32%, passando de US$ 2,47 bilhões para US$ 2,26 bilhões. Com isso, o déficit comercial se retraiu em 11%, saindo de US$ 2,11 bilhões para US$ 1,87 bilhões. “As dificuldades logísticas e de fornecimento ainda são sentidas em todos os segmentos econômicos, e nos dispositivos médicos não foi diferente. Mas um dado positivo é que nas exportações podemos notar que houve um incremento nas vendas de produtos de maior valor agregado, uma vez que o resultado financeiro cresceu 9%, ao mesmo tempo que o total de produtos exportados caiu 13%”, disse Fraccaro.

*Informações Assessoria de Imprensa

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