O mercado de saúde suplementar em odontologia no Brasil tem experimentado um notável crescimento ao longo dos últimos 10 anos. Para se ter ideia, nesse período, o número de beneficiários de planos com assistência de saúde dental aumentou de forma expressiva, passando de 18,7 milhões para impressionantes 31,3 milhões de pessoas.
Esse salto representou um aumento substancial de 66,8%, evidenciando a crescente demanda por serviços odontológicos no país. Os dados foram apresentados em uma publicação do jornal Estado de S. Paulo que destacou ainda a inclusão desse benefício em rodas de negociação de convenções coletivas de trabalho como principal fomentador para a debandada.
Esse notável crescimento não ocorreu de maneira isolada. Diferentemente do setor de planos médicos, que teve um aumento de 5,3% no mesmo período, o número de consumidores de planos odontológicos cresceu 10 vezes mais. Esse cenário sugere uma mudança nas prioridades dos brasileiros, com uma maior valorização da saúde bucal e da prevenção de problemas dentários.
Ainda que a notícia possa ser reconhecida como positiva, porque destaca uma maior atenção do brasileiro com a saúde bucal, também cresce um alerta quanto a regulamentação e manutenção. Para o advogado Thayan Fernando Ferreira, especialista no direito de saúde e no direito público, membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados, ter bom conhecimento da legislação por trás deste mercado e também ter conhecimento dos serviços adquiridos é fundamental para assegurar a viabilidade do plano.
“Existem leis específicas que regem os planos de saúde, buscando garantir transparência, eficácia e justiça nas relações entre as operadoras e os beneficiários. Conhecer essas regulamentações é essencial para os consumidores que estão considerando a contratação de um plano odontológico, proporcionando maior segurança e entendimento dos direitos e deveres envolvidos”, justifica.
Thayan ainda acrescenta orientações para os consumidores. “Dicas importantes para quem possui um plano de saúde odontológico incluem a análise minuciosa do contrato, compreensão dos serviços oferecidos, verificação da cobertura, e atenção aos prazos de carência e regras de reembolso. Esses cuidados contribuem para uma escolha consciente e alinhada às necessidades individuais”.
Apesar do crescimento notável, vale ressaltar que o número atual de usuários de planos odontológicos representa apenas 15% da população brasileira. Essa estatística revela um enorme potencial de expansão para as principais empresas do setor, que vislumbram oportunidades de crescimento nos próximos anos. Até porque, de volta a publicação do Estado de S. Paulo, na mesma medida que o número de usuários subiu, a quantidade de operadoras que atuam exclusivamente na área da odontologia caiu 30,23%, passando de 344 em 2013 para 240 em 2023.
“Em síntese, o mercado de saúde suplementar em odontologia vive um período de franco crescimento no Brasil, refletido pelo aumento expressivo no número de beneficiários de planos dentais. A atenção às regulamentações, aliada a uma escolha consciente por parte dos consumidores, contribuirá para a consolidação desse setor como parte essencial da saúde preventiva no país”, finaliza Thayan.
*Informações Assessoria de Imprensa
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