Em um cenário onde a segurança de dados se torna cada vez mais importante, as organizações de saúde estão intensificando suas medidas para proteger informações sensíveis. Com o aumento das ameaças cibernéticas, a proteção dos dados dos pacientes não é mais responsabilidade exclusiva da equipe de TI. Agora, hospitais e clínicas estão implementando estratégias abrangentes para garantir que todos os funcionários, inclusive os não técnicos, estejam preparados para enfrentar os desafios da segurança digital. Desde programas de treinamento acessíveis até o uso de ferramentas seguras e planos de resposta a incidentes, essas iniciativas visam criar uma cultura de segurança robusta em toda a instituição.
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O CEO da dataRain, Wagner Andrade, destaca a importância da proteção destes dados, já que a tecnologia é aliada ao setor de saúde e tem sido cada vez mais acelerada desde a pandemia de COVID-19, contribuindo com a universalização, o acesso e o aprimoramento dos sistemas de saúde ao longo do globo. “O conceito de Open Health é um exemplo desta inovação, pois garante dados de pacientes integrados e seguros, disponíveis onde quer que seja feito o atendimento, proporcionando agilidade e mais precisão para os diagnósticos. Esta interoperabilidade é possível graças à computação em nuvem, pois lá estão armazenados todos os protocolos de atendimento, que se tornam mais ágeis e eficientes, e que podem ser aplicados inclusive em consultas remotas, fomentando e respaldando a telemedicina”, explica.
A constatação é embasada por dados da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital. Desde o início da adoção das teleconsultas, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados por mais de 52,2 mil médicos no Brasil. Deste número, 87% foram realizadas pela primeira vez remotamente. Outro levantamento, do Global Market Insights, aponta que a telemedicina na América Latina deve crescer mais de 19% até 2028 e isso deve garantir investimentos globais, conforme aponta a McKinsey, que prevê que receitas globais de saúde digital devem alcançar a marca de US$600 bilhões em 2024. “A adoção de aplicativos para monitoramento, autodiagnóstico e gerenciamento de saúde também aumentou e tem ajudado pacientes e profissionais a melhorar a prestação de cuidados e serviços na área”, comenta.
Andrade avalia que todos estes avanços e investimentos exigem treinamento humano para evitar o vazamento de dados. “As organizações de saúde estão focando cada vez mais na educação de todos os funcionários e isso inclui treinamento para reconhecer ataques, a importância de senhas fortes e o manuseio adequado de informações sensíveis, garantindo que todos estejam preparados para proteger os dados dos pacientes”, avalia.
Além da capacitação, o CEO da dataRain aponta novas funções para defender os dados de pacientes como os “Oficiais de Proteção de Dados (DPOs)” para supervisionar as estratégias de proteção e garantir a conformidade com leis. “Eles desempenham um papel crucial na educação de funcionários não técnicos, conduzindo auditorias regulares e servindo como ponto de contato para questões de proteção de dados.”
Implementação de Controles de Acesso e Criptografia de Dados: Para minimizar o risco de acesso não autorizado a dados sensíveis, as organizações de saúde estão implementando controles de acesso rigorosos e usando criptografia para dados em repouso e em trânsito. Essas medidas garantem que as informações sensíveis sejam acessíveis apenas para o pessoal autorizado e estejam protegidas contra interceptação durante a transmissão.
Além da parte humana, o uso de plataformas e ferramentas seguras simplificam a proteção dos dados, pois incluem recursos como criptografia automática e interfaces amigáveis que ajudam os funcionários não técnicos a gerenciar dados com segurança sem exigir habilidades extensivas de TI. “Também é fundamental contar com planos de respostas a incidentes, que incluem protocolos em caso de violação de dados. Isso garante que todos os funcionários saibam como responder rápida e efetivamente para minimizar o impacto de incidentes de segurança”, ressalta.
Para Andrade, segurança e tecnologia, juntas, podem garantir os avanços para saúde, trazendo benefícios para humanidade forma geral. “Ao implementar essas estratégias, as organizações de saúde fortalecem sua postura geral de segurança de dados e assim, podemos seguir avançando no compartilhamento seguro de informações, que ajudam inclusive na área de pesquisa para o desenvolvimento de vacinas e novos medicamentos”, finaliza.
*Informações Assessoria de Imprensa
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