Rede privada de saúde se mobiliza para aumentar imunização

imunização
(Foto: Ilustração/Freepik)

As vacinas salvam vidas e mantê-las em dia é fundamental para evitar doenças graves, que podem levar à morte, mas são evitáveis. Apesar disso, no mês que contempla o Dia Nacional da Imunização, o Brasil terá pouco a celebrar. As taxas de imunização, em todo país, estão em baixa. Órgãos de Saúde como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM) estão preocupados com a queda progressiva na cobertura vacinal e já alertam para o alto risco que o país corre de doenças consideradas erradicadas voltarem, como o sarampo, a poliomielite, entre outras.

Para a técnica em Vacinas do Laboratório Lustosa, Marta Moura, a situação é preocupante. “Nenhuma vacina do calendário básico, no país, conforme dados do próprio Ministério da Saúde, atingiu a meta ideal estipulada de cobertura vacinal- 90%. Um exemplo é a tríplice viral, um dos principais imunizantes do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que protege contra sarampo, rubéola e a caxumba. Temos registrado números de cobertura insuficientes desde 2017. De acordo com o Instituto Butantan, naquele ano, a taxa foi de 86, 2% e caiu, no ano passado, para 71, 4%, bem longe dos 90% desejáveis para a segurança da população”, analisa.

Com isso, reforça Marta, o Brasil, em 2023, corre sérios riscos de viver uma nova epidemia de sarampo e poliomielite.  “O sarampo, por exemplo, em 2016, foi considerado erradicado. No entanto, entre 2018 e 2021, foram registrados 39, 3 mil casos da doença, com 40 óbitos.  Além dele, doenças como tétano, rubéola, coqueluche, entre outras que, no passado, causaram um grande número de mortes, estão reaparecendo em números expressivos”, observa ela, lembrando que o Brasil é considerado um dos países de referência mundial em imunização, “mas estamos perdendo, perdendo para doenças que podem ser evitadas por meio da vacinação”.

Outro caso, destaca a especialista, é o da poliomielite ou “Paralisia infantil”, também com queda na cobertura vacinal. “Com intensa mobilização depois de anos enfrentando a doença, o Brasil recebeu, em 1994, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o certificado atestando que o país estava livre da poliomielite e hoje o medo da doença voltar é real”, afirma. Segundo ela, especialistas consideram que o fato de a população adulta não conviver, não ver de perto a doença é um dos fatores que a leva a desconsiderar a importância da vacinação.  “Mas quem não conhece alguém que teve poliomielite e ficou com sequelas?”, indaga.

Para ter controle e impedir o ressurgimento dessas doenças, totalmente evitáveis, ressalta Marta, é fundamental estar em dia com o calendário nacional de vacinação, que preconiza as imunizações por faixas etárias, para crianças, adolescentes, adultos e idosos e, nos centros de referência de imunobiológicos (CRIE) , existe um calendário  especial para pessoas em tratamentos de doenças crônicas, oncológicas e transplantados.

Ato de responsabilidade

“Manter a vacinação em dia em todas as faixas etárias é primordial, e é um ato de responsabilidade individual e coletiva. Muitas doenças imunopreveníveis por vacinas, quando não matam podem deixar sequelas graves como a Meningite”, pontua. Segundo ainda Marta, outro fator importante é evitar que as epidemias atinjam a população. “Vivenciamos uma pandemia que nos trouxe prejuízos irreparáveis não só físicos, mas emocionais e socioeconômicos. A vacinação é considerada depois da água potável o mecanismo mais seguro e eficiente para a saúde pública”, destaca a profissional.

Queda dos índices 

Segundo a técnica em Vacinas do Laboratório Lustosa, em dois anos de pandemia, o foco no controle da COVID-19 deixou os sistemas de Saúde e seus profissionais sobrecarregados, o que pode ter contribuído para a queda na imunização de outras doenças. “Isso atrasou quase três décadas de progresso, por exemplo, na luta contra a poliomielite e o sarampo na região”, observa. Para ela, outros fatores também interferem nas baixas taxas de cobertura vacinal. Entre eles, as fake News, em que a desinformação é disseminada, e o movimento anti-vacina. “Devido à pandemia, muitas pessoas também estão com receio de circular em unidades de saúde lotadas para vacinar, há os que têm medo dos efeitos adversos das imunizações e falta conhecimento em relação às vacinas indicadas por faixa etária e público alvo, principalmente em adultos e adolescentes”, explica.

Para Marta, só há um caminho possível na tentativa de reverter a situação: “trabalhar a conscientização e a sensibilização da população. Precisamos continuar combatendo a desinformação e mostrando o quanto as vacinas são importantes para salvar vidas”, ressalta.

Campanha 

Pensando naqueles que têm receio de enfrentar unidades de saúde públicas lotadas para vacinar ou preferem a comodidade da rede particular, o Laboratório Lustosa realiza até o dia 30 de junho campanha de imunização, em todas as suas unidades, que funcionam de, segunda à sexta-feira, de 6h30 às 17 horas, e aos sábados, de 6h30 às 11h.  Nesse período, estarão com preços promocionais as vacinas mais importantes preconizadas pelo Calendário Nacional de Vacinação, algumas não disponíveis na rede pública. São elas:

Gripe: R$73
Pneumo 13: R$269
Meningo B: R$563
Meningo ACWY: R337
Herpes Zóster: R$514
DTPA R Adulto: R$172
Pentavalente: R$232
Hexavalente: R$274

A divulgação da Campanha de Imunização será feita nas redes sociais do Laboratório Lustosa e em todas as unidades. Os colaboradores, usando um adesivo nos jalecos, foram orientados a divulgar as informações aos clientes. Para maiores esclarecimentos, entrar em contato pelo 2104-1234.

*Informações Assessoria de Imprensa