Projeções da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante dos principais grupos de operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde, apontam que o número final de beneficiários de planos médico-hospitalares em 2022 deve alcançar a marca de 50,4 milhões de beneficiários, um aumento de 1,5 milhão de beneficiários no ano. Se a projeção se concretizar, será o maior patamar de usuários desde dezembro de 2014, ou seja, em 8 anos, fazendo com que 2022 tenha a maior taxa de crescimento desde 2013, com alta de 3,1%.
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Na avaliação da diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente, a expectativa de crescimento contínuo reforça a importância dada pelos brasileiros à saúde de qualidade oferecida pelos planos e seguros de saúde, catalisada pela pandemia e que continua posteriormente ao período mais crítico. Além disso, na análise de Federação, o resultado reflete em parte a redução da taxa de desemprego no país. Desde junho de 2020, com a pandemia, os planos vêm ganhando usuários mês a mês de forma contínua. Foram 3,8 milhões de novas adesões neste período. Em outubro, de acordo com o dado mais recente divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor alcançou 50,2 milhões de clientes.
“A principal missão do setor está na ampliação do acesso aos serviços de assistência médico-hospitalar de qualidade no país. Para isso, a saúde suplementar se vê diante do desafio de garantir a sustentabilidade do setor em meio às profundas transformações sociais, econômicas e tecnológicas ocorridas nas últimas décadas. Para isso, defendemos uma série de mudanças, como a modernização do marco regulatório do setor, o controle de custos em saúde, a maior flexibilidade para alteração da rede assistencial e a melhor integração entre a Saúde Suplementar e o SUS”, explica a diretora-executiva da FenaSaúde.
Por outro lado, apesar do crescimento de beneficiários, o cenário econômico-financeiro das operadoras de planos de saúde vem preocupando o setor. No terceiro trimestre de 2022, os planos médico-hospitalares tiveram prejuízo operacional de R$5,5 bilhões. Ao todo já são 6 trimestres com resultados operacionais negativos, além de um índice de sinistralidade próximo a 90%.
*Informações Assessoria de Imprensa
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