A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec-SUS) aprovou a inclusão da ablação, um tipo inovador de cirurgia sem corte, no SUS. Pacientes que enfrentam câncer hepático em decorrência de um tumor colorretal poderão receber o tratamento.
Leia também – 83% das empresas de dispositivos médicos pretendem começar a exportar a partir de maio
O Ministério da Saúde tem o prazo de 180 dias para efetivar a oferta deste tratamento no SUS; a data limite é 4 de setembro. No Sistema Suplementar de Saúde (planos de saúde e seguradoras) a ablação também será oferecida e deve chegar antes para os segurados.
“A Sobrice tem buscado procedimentos mais acessíveis para a população; é uma bandeira da entidade promover o acesso. As duas frentes de trabalho envolvem a compatibilização do probe de ablação para o tratamento do carcinoma hepatocelular (CHC) no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos e OPM do SUS e a inclusão da terapia ablativa para o tratamento da metástase hepática de tumor colorretal na rede pública”, explica Luiz Sérgio Grillo, diretor de defesa profissional da Sobrice e responsável pela incorporação de novas tecnologias.
Inicialmente, a técnica vai abranger os dois tipos mais frequentes: a metástase hepática e o carcinoma hepatocelular. A metástase hepática de um tumor colorretal ocorre quando há a propagação do câncer a partir do seu local de origem para o fígado. Por outro lado, o carcinoma hepatocelular é um câncer primário do fígado, frequentemente associado à cirrose e à hepatite viral crônica.
A ablação já é usada no tratamento contra o câncer e é considerada um procedimento minimamente invasivo, que oferece ao paciente uma alternativa bem mais rápida e segura. Durante a ablação, uma agulha é inserida no tumor com o auxílio de equipamentos modernos de imagem, como ultrassom ou tomografia. Uma vez inserida, a agulha esta promove a geração de calor que pode ser pelo fenômeno de radiofrequência ou micro-ondas, com o objetivo de destruir as células cancerígenas. O calor aplicado durante a ablação causa danos irreversíveis ao tecido tumoral e é visto como uma importante e inovadora ferramenta da medicina.
“A ablação é amplamente utilizada no tratamento do câncer de fígado, tanto o primário quanto nas metástases. Com a inclusão no SUS, mais pacientes vão se beneficiar. A terapia ablativa preserva o órgão do paciente, oferecendo a ele mais qualidade de vida e uma perspectiva de um tratamento que traz resultados palpáveis. Por exemplo: para uma pessoa que teve câncer em um dos rins, passou por cirurgia, retirou o rim e, depois de um tempo, é constatado que há outra no outro tumor no rim remanescente, a ablação é a melhor opção para que o órgão desse paciente seja preservado. A princípio, o procedimento estará disponível para pacientes com tumor no fígado, mas nosso objetivo é ampliar”, destaca Luiz Sérgio Grillo.
Os procedimentos abordados incluem: termoablação percutânea de metástases hepáticas de câncer colorretal guiada por ultrassonografia e/ou tomografia computadorizada, por radiofrequência de metástases hepáticas de câncer colorretal por laparotomia e por videolaparoscopia.
A ablação oferece vantagens significativas em comparação com outras formas de tratamento para certos tipos de cânceres. O procedimento pode ser realizado com sedação anestésica, pormenorizando a necessidade de anestesia geral, o que reduz os riscos associados a este tipo de anestesia. Por ser um procedimento guiado por imagem, a ablação permite uma precisão excepcional no direcionamento do tratamento, minimizando danos aos tecidos saudáveis circundantes. Na grande maioria dos casos, destaca Grillo, o paciente entra e sai do hospital no mesmo dia.
*Informações Assessoria de Imprensa
Confira mais notícias de Negócios & Mercado no Saúde Debate