Mesa redonda debate inovação e eficiência no ecossistema de saúde catarinense

(Foto: Divulgação)

A Academia FIESC de Negócios promoveu a mesa redonda “Ecossistema de Saúde: oportunidades integradas e negócios inovadores”. Realizado em Florianópolis, o evento debateu estratégias para a construção de um ecossistema de saúde eficiente e inovador, com impactos positivos nos sistemas de saúde privado e público no Brasil. A discussão foi mediada por Ademar José de Oliveira Paes Junior, CEO da LifesHub, e contou com a participação de líderes do setor: Richard Oliveira, CEO da Unimed Grande Florianópolis, Sérgio Marcondes Brincas, CEO do Hospital Baía Sul – Hospital Care, e Sendi Lopes, Gerente Executiva de Saúde e Segurança no SESI/SC – Serviço Social da Indústria.

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Os debatedores levantaram questões sobre o cenário de saúde no estado e no país — apontando para a alta dos custos, os juros elevados e a mudança no perfil dos beneficiários e na natureza dos planos, com aumento da população idosa e dos planos de saúde coletivos, por exemplo. O contexto ainda é agravado por aumento no consumo de segurados com impacto direto no aumento da sinistralidade e, por consequência, redução de receita e de desempenho. De acordo com um estudo da LifesHub os três principais componentes do aumento da sinistralidade nos planos de saúde são as novas tecnologias e tratamentos, reajustes de preço de procedimentos e materiais e o aumento da frequência de uso, sendo este último o maior fator de pressão sobre os custos.

Quando questionados sobre soluções para mitigar o cenário desafiador, os participantes abordaram a necessidade de decisões assertivas baseadas em dados e o aprimoramento de três eixos fundamentais para driblar o cenário e transformar o setor por meio de um ecossistema de saúde robusto: excelência em gestão, inovação e integração. “A integração dos dados e a inovação são fundamentais para a criação de um ecossistema de saúde eficiente. Precisamos de decisões assertivas que se baseiem em dados concretos, e isso passa pela excelência na gestão e pela inovação contínua,” afirmou Ademar José de Oliveira Paes Junior, CEO da LifesHub.

Ao abordar a inovação no sistema de saúde, Sérgio Brincas afirmou que “a saúde é inovadora por essência”, destacando que as empresas mais inovadoras são aquelas que conseguem realizar mudanças rápidas em tempos de crise, adaptando-se às necessidades do setor. Para ele, há três pontos cruciais na inovação no setor de saúde: criar mecanismos de crescimento que não sobrecarreguem o sistema, garantir eficiência nos custos e promover a transformação digital, priorizando áreas estratégicas.

Outro ponto levantado pelos convidados foi a necessidade de criar uma agenda compartilhada entre setor privado e público para discutir ações para o ecossistema de saúde. Sendi Lopes reforçou a importância dessa colaboração e a criação de ações baseadas na integração de dados de consumo, de saúde ocupacional e assistencial; um olhar atencioso para a rede de saúde local; coordenação do cuidado; e gestão eficiente com redução de desperdícios. “Com esses pilares, é possível garantir a saúde do trabalhador, eficiência no atendimento e uma boa experiência do trabalhador”, finalizou.

Do ponto de vista das operadoras de saúde, Richard Oliveira destacou a necessidade de criar um fluxo de investimento contínuo para enfrentar o impasse dos custos da operação. “A mineração de dados é o pilar principal para sinalizar desperdícios e outros pontos de atenção” defendeu Oliveira, CEO da Unimed Grande Florianópolis.

*Informações Assessoria de Imprensa

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