M&A e investimento em tecnologia podem ser alternativas para driblar os desafios do setor de saúde

tecnologia
(Foto: Freepik)

Nos dois últimos anos, o setor brasileiro de saúde tem enfrentado um cenário complexo com relação à oferta de serviços de qualidade e ao retorno financeiro positivo. Essa conjuntura deriva das dificuldades das instituições de saúde para se manterem sustentáveis devido, sobretudo, à falta de investimentos em tecnologia, ausência de padronização de processos, aumento significativo dos custos assistenciais e um alto índice de fraudes neste segmento, o que têm levado a uma postura cautelosa por parte das instituições deste mercado.

Leia também – ANS divulga dados de beneficiários relativos a abril de 2024

Segundo um estudo recente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), as fraudes no setor de saúde e os desperdícios na utilização do plano podem gerar custos anuais superiores a R$30 bilhões às operadoras. Estas fraudes incluem o uso indevido de carteirinhas por parte dos beneficiários, simulação de procedimentos por alguns prestadores e irregularidades na solicitação de reembolsos, entre outros motivos que contribuem para a piora do cenário. Além disso, a falta de interoperabilidade entre sistemas, a ausência de padronização de dados, além do constante aumento da sinistralidade do setor também contribuem para aumentar os custos operacionais destas empresas.

O reflexo desses desafios torna-se evidente quando analisados, por exemplo, os investimentos realizados em fusões e aquisições (M&A) nos últimos anos. De acordo com o levantamento “A Bíblia da Saúde”, realizado pelo BTG Pactual, de 2016 a 2021, houve um crescimento significativo no número de M&A realizados no segmento de Planos de Saúde, incluindo Hospitais, HC Plans e Laboratórios, chegando a um pico de 50 fusões e aquisições em 2021, considerando as três categorias. Desde então, tem sido registrada uma desaceleração intensa, com redução de 90%, passando a apenas cinco delas em 2023, considerando estes mesmos quesitos.

Apesar deste cenário, o Grupo Benner anunciou recentemente a aquisição da empresa Moderna, especialista em software para a gestão de clínicas especializadas e policlínicas, a fim de consolidar sua atuação no mercado, reforçando o seu compromisso em disponibilizar tecnologia de ponta para o setor de saúde.

De acordo com o Head de Mercado e Produto do Grupo Benner, Rodrigo Garcia, a estratégia faz parte do plano de crescimento da companhia, que engloba o investimento de mais de R$ 80 milhões para dobrar de tamanho nos próximos três anos. “O nosso plano de M&A visa identificar e preencher lacunas no mercado, oferecendo soluções que aumentam a performance e a sustentabilidade das operações de nossos clientes com foco em qualidade e inovação, de modo que podemos atender todos os players do setor de saúde, inclusive as operações verticalizadas”, acrescenta.

A estratégia da Benner para além de fusões e aquisições

Na contramão do que vem sendo observado no mercado, o Grupo Benner desenvolveu uma abordagem baseada não somente no investimento em aquisições, mas também na oferta de soluções completas para as mais diversas empresas do setor de saúde, conforme explica Garcia.

“Enquanto muitos players do setor estão retraídos, a Benner está adotando uma abordagem proativa. Acreditamos que este é o momento ideal para fortalecer nossa posição e oferecer soluções que atendam de ponta a ponta as necessidades do mercado de saúde, por meio de sistemas que atendam toda a cadeia administrativa e assistencial do setor de saúde, até outras áreas complementares, como Recursos Humanos (RH)Jurídico e Corporativo. A Benner consegue atender todas as áreas de uma empresa com soluções integradas e em nuvem”, destaca o executivo.

Nesse sentido, o desenvolvimento de soluções aderentes e fundamentais para as instituições de saúde é um dos principais objetivos do Grupo, que tem investido em tecnologias avançadas para mitigar fraudes, melhorar a gestão e elevar a qualidade dos serviços de saúde.

Entre as inovações inclusas em suas soluções, destacam-se a biometria facial atrelada ao procedimento no momento da autorização, utilizada para garantir a elegibilidade dos beneficiários e evitar fraudes no uso de carteirinhas, e os indicadores de comportamento de consumo, que monitoram padrões de uso dos serviços de saúde, identificando possíveis irregularidades.

“Estamos comprometidos em oferecer tecnologias que não apenas resolvam os problemas atuais do setor de saúde, mas que também preparem as instituições para os desafios futuros. Nossa plataforma integrada em nuvem é um exemplo claro de como podemos melhorar a eficiência operacional e reduzir custos, garantindo ao mesmo tempo a segurança e a qualidade dos serviços prestados”, finaliza Garcia.

*Informações Assessoria de Imprensa

Confira mais notícias de Negócios & Mercado no Saúde Debate