Oferecer uma série de cuidados, informações e serviços que vão muito além do simples tratamento do câncer é o principal objetivo do projeto C.A.R.I.N.H.O, um modelo de gestão implantado nas clínicas oncológicas COE, que atendem pacientes na região do Vale do Paraíba.
Desenvolvido pelo médico Celso Abrahão, fundador e diretor do grupo, o modelo segue, em todas as etapas do cuidado com o paciente, sete valores considerados fundamentais: Competência, Agilidade, Respeito, Informação, Notabilidade, Harmonia e Otimização.
De acordo com Celso, o câncer “não é um problema apenas do paciente, mas também da família, das equipes assistenciais e administrativas, das instituições de saúde e das fontes pagadoras, como os planos de saúde e o SUS. E não é o único problema do paciente, porque modifica, juntamente com o tratamento, a vida das pessoas”.
Para ele, é preciso haver mais empatia na jornada de tratamento, para que o paciente e seus familiares, independente do desfecho clínico ser positivo ou negativo, tenham uma boa experiência.
Como exemplo, ele cita a mudança de perfil das pacientes com câncer de mama. Há 25 anos, a maioria tinha mais de 60 anos, ia ao tratamento acompanhada de filhos de mais de 30 anos. Hoje, é cada vez mais frequente receber mulheres de 30 a 35 anos que possuem filhos menores de 10 anos, exigindo uma atenção diferenciada. É preciso incluir essas crianças e garantir que também passem esse momento com mais tranquilidade. Isso pode ser feito, por exemplo, com o serviço de psicologia que possa acompanhar esse processo, explicando sobre o diagnóstico, o tratamento, os efeitos colaterais, entre outras medidas.
O modelo de gestão C.A.R.I.N.H.O é detalhado no artigo “A experiência do paciente no tratamento oncológico como diferencial competitivo na cultura organizacional”, de autoria de Celso e publicado na nova edição da Revista Science, do Instituto Qualisa de Gestão (IQG). O texto ressalta a importância de sensibilizar todos os colaboradores e stakeholders sobre o câncer ser um problema coletivo, para que a jornada de tratamento seja construída com a conscientização e o engajamento de todos.
“Além de minuciosas linhas de cuidado, de acordo com cada patologia, é necessário ter investimento em ferramentas tecnológicas e constantes treinamentos da equipe assistencial e administrativa”, finaliza.
*Informações Assessoria de Imprensa
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