Instituto Lipedema Brasil: espaço de 600 m2 é inaugurado em SP

Instituto Lipedema Brasil
(Foto: Ilustração/Freepik)

Junho é o Mês da Conscientização do Lipedema, uma doença crônica confundida com obesidade, pouco conhecida pela classe médica e pela sociedade. Causada pelo acúmulo de gordura em regiões específicas do corpo como braços, pernas e quadris, o Lipedema atinge cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil e 10% em todo o mundo. Para valorizar esta data e quem convive de forma silenciosa com a doença, a sede do Instituto Lipedema Brasil, o primeiro centro de referência do tema no país, será inaugurada este mês no bairro do Pacaembu, em São Paulo, juntamente com a ONG Movimento Lipedema, idealizada para ajudar mulheres carentes com a doença. A proposta é desenvolver pesquisas e gerar conhecimento, ensino e informação, para melhorar a realidade dessas mulheres.

Segundo o diretor do Instituto Lipedema Brasil, Fábio Kamamoto – um dos médicos pioneiros no tratamento da doença no país – o espaço físico foi idealizado para fazer uma transformação social através de cursos, estudos e pesquisas com a expertise do cirurgião e de uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, dermatologistas, nutricionistas, ginecologistas, cirurgiões vasculares, entre outros. “Agora, a sociedade terá um local para acolhimento, para procurar ajuda e buscar Informação qualificada sobre a doença”, comenta.

Responsabilidade social

Mesmo com a CID 11 para o Lipedema conquistada este ano, que deverá refletir positivamente para mais conhecimento técnico entre a classe médica, ainda não há tratamento gratuito para esta doença via convênio ou SUS. Há muitas mulheres no país sem condições financeiras para arcar com o tratamento clínico ou o cirúrgico, que acabam sofrendo ainda mais complicações físicas e psicológicas da doença por não terem acolhimento. Inspirado por isso, Fábio idealizou a ONG Movimento Lipedema, que será lançada na inauguração do Instituto, no próximo dia 9/06, onde também ficará localizada a sede da organização. O foco do trabalho será mais social e para a população carente. “Nossa missão é acolher e propagar o conhecimento dessa síndrome, aumentando o diagnóstico entre as mulheres que possuem essa patologia, mas que não têm condições e, assim, promover a saúde delas”, afirma Kamamoto.

(Foto: Divulgação)

A ideia da ONG é oferecer projetos, ações e cursos gratuitos, online e presencialmente. “Queremos futuramente, em parceria com o Fábio e o Instituto, garantir financeiramente parte de algumas cirurgias para tratar os casos mais graves que chegarem até nós”, diz a diretora da ONG Movimento Lipedema, Gabriela Luciana Pereira, farmacêutica que tem a doença e luta pela causa há alguns anos, mesmo após ter feito o tratamento cirúrgico.

*Informações Assessoria de Imprensa