De acordo com o Censo 2022, o Brasil possui cerca de 1,7 milhão de indígenas, numa grande diversidade de povos e culturas. No entanto, nos últimos seis anos, mais de 130 mil indígenas foram impactados por doenças associadas à falta de saneamento ambiental adequado, segundo dados do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI).
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Para mudar essa realidade, começou um projeto inédito no País desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), por meio do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
O projeto Saúde Indígena capacitará, ao longo dos próximos três anos, 2.500 Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN) que atuam diretamente nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), as unidades descentralizadas que organizam regionalmente o atendimento às comunidades indígenas em todos os estados. A iniciativa busca levar conhecimentos essenciais e habilidades para que esses agentes desempenhem um papel mais eficaz no cuidado da saúde dessa população, especificamente em relação ao saneamento básico e ambiental, bem como a prevenção de doenças e promoção da saúde.
“É um projeto inédito, tanto em temática quanto em abrangência. Nosso desafio é chegar ao máximo de aldeias possíveis, além de trabalhar a interculturalidade com esses povos, promovendo a saúde para essas comunidades que, muitas vezes, não têm acesso a nenhum recurso”, afirma Ana Paula Tussi, líder operacional do projeto no Hospital Moinhos.
O trabalho teve início em janeiro, quando membros da Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde estiveram no hospital, onde realizaram visita técnica às instalações da instituição e, também, da Faculdade Moinhos. Na ocasião, foi feito o planejamento estratégico inicial com os profissionais que conduzirão o projeto nos próximos três anos.
“É um orgulho estarmos à frente de uma iniciativa dessa dimensão. Nosso propósito é cuidar das pessoas — e contribuiremos com nossa expertise para uma saúde melhor para essa rica diversidade de povos indígenas, cada um com suas próprias perspectivas de mundo, estruturas sociais, culturais e relações únicas com o ambiente”, enfatiza Admilson Reis da Silva, superintendente de Responsabilidade Social e Gestão de Riscos do Hospital Moinhos de Vento.
*Informações Assessoria de Imprensa
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