Falta de médicos especialistas em medicina digital retarda a incorporação tecnológica

(Foto: Divulgação)

Expandir o acesso à telemedicina e telessaúde a todos os cidadãos, tanto no sistema público de saúde como no privado é o propósito do Global Summit Telemedicine e Digital Health, evento que aconteceu recentemente no Transamérica Expocenter, em São Paulo-SP. Em uma programação que envolveu conhecimento, networking e negócios em telemedicina, os participantes tiveram a oportunidade de interagir com uma programação científica distribuída em conferências e painéis internacionais e nacionais.

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O cofundador da Healthtech catarinense LifesHub, Ademar Paes Junior participou de dois painéis no evento: o primeiro, como palestrante, abordou a Liderança Médica em Saúde Digital juntamente com os médicos Antônio Carlos Endrigo (mediador), Antônio Onofre Lira e Beatriz Leão; no segundo painel, Ademar foi o mediador do tema Inovação, com a participação dos médicos Roberto Botelho, Rodrigo Demarch Bornhausen e Victor Gadelha.

Ademar destacou em sua palestra a necessidade de ter no Brasil médicos dedicados à medicina digital e que a falta desses profissionais especializados acaba desacelerando o desenvolvimento do setor no país, retardando a incorporação tecnológica que, geralmente, surge de demandas vindas dos profissionais que estão na ponta, em atendimento à população.

“Hoje precisaríamos ter pelo menos um médico especializado em cada uma das secretarias estaduais de saúde, cada secretaria municipal de cidades com mais de 200 mil habitantes, cada hospital acima de 200 leitos e cada operadora de plano de saúde com mais de 100 mil vidas. Somando tudo isso, falamos em uma necessidade imediata de, no mínimo, 801 especialistas em medicina digital hoje no Brasil”, dimensiona o médico, também presidente da Associação Catarinense de Medicina.

Os dados apresentados por Ademar foram extraídos da plataforma LifesHub, uma healthtech que disponibiliza soluções de inteligência artificial e conhecimento especializado para o mercado da saúde e, conforme demonstrou, o acesso a informações estratégicas de saúde oportuniza a tomada de decisões baseada em fatos e dados que, hoje, através da tecnologia, gestores de saúde podem acessar, promovendo uma evolução da saúde pública e privada. “Com recursos escassos e uma população necessitada de atendimento, não há mais espaço para decisões tomadas sem a análise de dados seguros que demonstrem a melhor forma de investir em saúde”, complementa.

Para o médico e empresário, eventos como este são importantes para discutir novas práticas da medicina que aproximem a população do atendimento médico de qualidade e, também, dimensione o que é necessário fazer para que a revolução tecnológica também alcance o setor de saúde no Brasil. “Especialmente durante a pandemia de Covid-19, ficou mais evidente o quanto a tecnologia pode promover esta aproximação com maior velocidade e menor custo”, complementa.

*Informações Assessoria de Imprensa

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