Após apresentar crescimento de 14,13% em 2022, as exportações brasileiras de dispositivos médicos já somam US$433,5 milhões em 2023. No primeiro semestre deste ano, o destaque foi o segmento de reabilitação, que registrou crescimento de 26,52%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
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Dos US$ 47,12 milhões exportados em produtos desse segmento este ano pelo Brasil, 60,59% referem-se à comercialização de artigos e aparelhos ortopédicos, categoria de produtos que contempla os dispositivos utilizados na prevenção e correção de deficiências, bem como sustentação e amparo de partes do corpo após uma doença, cirurgia ou fratura.
O desempenho das exportações nacionais no primeiro semestre está ligeiramente inferior ao do mesmo período de 2022, registrando decréscimo de 3,9%. A diminuição deveu-se principalmente pela retração de 20% nas vendas internacionais do segmento de laboratório, que vem apresentando queda nas exportações nos últimos dois anos, visto a diminuição da demanda de produtos relacionados ao combate a pandemia de COVID-19. O segmento experimentou alta de 89,5% nas exportações em 2020, impulsionadas principalmente pela venda de reagentes de diagnóstico de laboratório.
“Passados dois anos, e com a diminuição de confirmações de casos da doença, o valor tem se aproximado ao desempenho pré-pandêmico, tendo fechado 2022 com valor apenas 29% superior ao registrado em 2019”, comenta Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing internacional da ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos.
Na contramão do setor, as exportações das fabricantes nacionais associadas ao Brazilian Health Devices (BHD), projeto setorial da ABIMO em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), cresceram 10% no primeiro semestre de 2023, quando comparadas com o mesmo período de 2022. “Os índices positivos são reflexos das estratégias eficientes elaboradas pelo projeto, que analisa as melhores oportunidades de internacionalização, observando mercados atrativos e potenciais para a indústria nacional”, diz Larissa.
Evidenciando o bom desempenho do projeto, aumentou também neste semestre o percentual de representação das exportações das fabricantes associadas frente ao montante nacional. De janeiro a junho de 2023, as exportações das empresas do BHD representaram 13,2% do total exportado pelo país, maior valor registrado desde 2019. Houve ainda nesse período, crescimento médio de 35,1% nas exportações para países onde o BHD realizou ações de promoção comercial nos últimos doze meses.
O continente americano segue como o principal importador da tecnologia brasileira. Do total exportado neste primeiro semestre, 65% foi destinado a países da região, sendo os Estados Unidos, Argentina, México, Colômbia e Chile os principais destinos das vendas do Brasil nesse período. O continente Europeu representou 23,45% do total exportado e Ásia, África e Oceania somaram 11,55% do total.
Entre as empresas associadas ao BHD, o percentual de vendas para países da América é parecido com o do nacional: 63,28%. No projeto, no entanto, nações asiáticas foram responsáveis por 20,3% do total de exportações. “Podemos mencionar, aqui, que ABIMO e ApexBrasil promoveram a participação de indústrias brasileiras em feiras realizadas nessa região, a exemplo da SinoDental, na China, e da IDEX, na Turquia”, diz Larissa. Europa, África e Oceania, em conjunto, receberam 16,42% dos produtos das fabricantes associadas.
*Informações Assessoria de Imprensa
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