Estudante sergipana transforma redes sociais em ferramentas de impacto na pesquisa e na saúde pública

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(Foto: Freepik)

Maria Eduarda Pereira Dantas, aluna do 9º período de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), é um exemplo claro de como a dedicação às causas de saúde pode transcender as barreiras acadêmicas e influenciar positivamente a sociedade. Maria Eduarda se destaca como uma ativista e influenciadora em questões relacionadas à diabetes, uma condição com a qual convive diariamente. 

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Sua jornada como influenciadora começou nas redes sociais, onde ela criou o perfil @pancreasartificial no Instagram, atualmente com mais de 130 mil seguidores. Nesse espaço, Maria Eduarda compartilha informações essenciais sobre o diabetes, desmistifica tratamentos, e principalmente, mostra na prática como controlar sua glicemia. Seu conteúdo didático e acessível atrai tanto pessoas que vivem com diabetes quanto profissionais de saúde, consolidando-a como uma voz influente na comunidade.

Foi por meio de seu engajamento nas redes sociais que Maria Eduarda chamou a atenção de Melanie Rodacki, professora-doutora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisadora na área de pâncreas artificial. Impressionada com o trabalho de Maria Eduarda, Melanie a convidou para integrar a equipe de pesquisa que estudava a eficácia e segurança do sistema de pâncreas artificial Android APS (AAPS). Esse convite não só representou uma validação do trabalho que Maria Eduarda já vinha realizando, mas também a levou a apresentar os resultados do estudo em um dos maiores congressos de diabetes do mundo, o Congresso Americano de Diabetes, realizado em junho passado em Orlando, Flórida, nos Estado Unidos. O estudo também foi orientado pela professora-doutora Tássia Virgínia Oliveira, da Unit.

Contribuição brasileira no principal congresso sobre diabetes do mundo

O evento realizado em Orlando, entre os dias 21 e 24 de junho, é promovido anualmente pela Associação Americana de Diabetes (ADA) e considerado o maior congresso do segmento em todo o mundo. Nele, os principais especialistas em diabetes dos Estados Unidos e de outros países, incluindo o Brasil, apresentam pesquisas e estratégias sobre o comportamento da doença, técnicas de tratamento, estratégias de acompanhamento e até mesmo possibilidades de uma futura cura.

“Todas as tecnologias, todas as mudanças de diretrizes, tudo sobre diabetes chega lá primeiro. Eu consegui presenciar um momento que vai ser histórico na linha do tempo do diabetes tipo 1, que é começar a pensar em prevenção e em testar as pessoas antes de desenvolver o diagnóstico”, explica Maria Eduarda.

Sistema AAPS reduz custo e aumenta segurança e acessibilidade a tratamento eficaz

O estudo revelou que o AAPS é uma alternativa viável e de baixo custo aos sistemas comercializados de pâncreas artificial, o que pode revolucionar o tratamento do diabetes tipo 1, tornando-o mais acessível a milhões de pacientes. Maria Eduarda destacou-se na apresentação, mostrando como a tecnologia do AAPS pode reduzir o custo do tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que o sistema oferece maior segurança e eficácia na administração de insulina.

A trajetória de Maria Eduarda reflete o poder transformador das redes sociais quando usadas para uma causa maior. Ela conseguiu alavancar sua influência digital para contribuir com a pesquisa acadêmica e trazer benefícios concretos para a comunidade dos diabéticos. Sua história inspira não apenas outros estudantes, mas também profissionais de saúde e influenciadores que buscam utilizar suas plataformas para promover mudanças significativas. Ao combinar conhecimento técnico, vivência pessoal, e um profundo compromisso com a causa do diabetes, Maria Eduarda vem influenciando a trajetória de muitas outras pessoas ao redor do mundo.

Experiência internacional precoce

Esta não é a primeira experiência da estudante da Unit com locais de referência em estudos sobre o diabetes. Em abril deste ano, ela participou do programa Clinical Experience Abroad: Clerkship for Medical Students, pelo qual fez um internato de 30 dias no Cambridge Health Alliance (CHA), em Boston. Durante o intercâmbio, ela conheceu e interagiu com as equipes do Joslin Diabetes Center, afiliado da Harvard Medical School (Escola Médica de Harvard) e referência internacional em pesquisa, clínica e educação em diabetes.

*Informações Assessoria de Imprensa

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