O Einstein criou uma plataforma de acesso a dados relacionados à acidentalidade em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do projeto Tecnologia de Rápido Acesso de Dados Unificados para Mitigação da Acidentalidade (TRAUMA), via Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), em parceria com o Ministério da Saúde. O objetivo da ferramenta é unificar e padronizar informações em um único sistema para que órgãos oficiais tenham acesso a qualquer registro de trauma, seja ele por acidente ou violência, em todo o país.
Atualmente, as informações são disponibilizadas para o SUS por meio de vários sistemas de informação distintos e que não estão conectados. A ferramenta chega, portanto, para mudar essa realidade e, a longo prazo, visa apoiar na redução da morbidade e a mortalidade associadas às lesões.
“Como não é possível identificar o mesmo evento nos diferentes sistemas, o banco de dados foi criado para integrar e melhorar a qualidade das informações provenientes dos cuidados pré-hospitalares e hospitalares de diversos sistemas de saúde e de setores afins, como bombeiros e polícia, para disponibilizá-las a qualquer órgão oficial, auxiliando na tomada de decisões, na orientação de medidas assistenciais e na elaboração de políticas públicas”, comenta Bruno Zocca, epidemiologista da equipe de Trauma do Einstein e líder do projeto. “E estas decisões não serão somente no âmbito da saúde: o município conseguirá, por exemplo, identificar um lugar onde ocorrem mais atropelamentos, um bairro com casos de violência interpessoal ou até mesmo a mortalidade em mulheres que sofrem violência doméstica, tomando medidas cabíveis”.
No primeiro triênio de atuação, entre 2021 e 2023, o projeto passou por estruturação, com implementação de termos de adesão, formação de grupos técnicos e acesso a dados, criando um piloto com os registros de vítimas de causas externas atendidos pelos serviços de urgência e emergência, que podem levar à internação ou óbito. “Realizamos contatos com onze estados e municípios localizados nas cinco regiões do Brasil e obtivemos uma boa adesão em especial no Espírito Santo e na Bahia, onde já conseguimos levantar dados demográficos, detalhes da lesão, atendimento pré-hospitalar, procedimentos e o desfecho dos pacientes”, destaca Zocca.
A proposta para o novo triênio (2024-2026) é fazer a integração dos dados e a especificação necessária para compartilhamento de informações entre sistemas e garantir uma visualização unificada. “O objetivo é viabilizar o acesso centralizado aos dados, pois esperamos atingir o compartilhamento dos dados não só a nível nacional, mas chegando às esferas estadual e municipal. A ideia é que todo o país tenha o acesso à ferramenta nos próximos anos para produção de análises de situação em saúde. Projetamos, a longo prazo, o monitoramento de 12 milhões de internações, 4 bilhões de atendimentos ambulatoriais e mais de 1,5 milhão de óbitos para cada ano”, finaliza o líder do projeto.
Para mais informações sobre o Projeto TRAUMA, acesse: Link.
*Informações Assessoria de Imprensa
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