O Einstein lançou, com o apoio da AstraZeneca, um projeto que representa um novo marco na medicina brasileira: a criação de um Centro de Excelência para o diagnóstico e tratamento de Microangiopatias Trombóticas (MAT). O prazo da estruturação do Centro foi estimado em um ano.
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As Microangiopatias Trombóticas (MAT) são classificadas como doenças raras e graves que apresentam alto risco de complicações, sendo a Síndrome Hemolítica Urêmica (SHUa) e a Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT), duas manifestações clássicas desta enfermidade. As alterações patológicas da MAT são caracterizadas pela formação de pequenos coágulos sanguíneos na microcirculação vascular, que bloqueiam o fluxo de sangue para órgãos vitais, como o cérebro, o coração e os rins.
A doença é subdiagnosticada devido à sua apresentação clínica e laboratorial, que muitas vezes pode ser confundida com outras condições. Os sintomas podem ser inespecíficos e os achados laboratoriais podem ser sutis. Sem o diagnóstico e o tratamento oportuno, os pacientes correm o risco de desenvolver complicações incapacitantes e até fatais, como insuficiência renal, danos neurológicos.
“A implantação de um Centro de Excelência para o tratamento de MAT é fundamental para criarmos um modelo de atendimento integral a este tipo de doença, com o objetivo de ampliar o acesso de pacientes a um diagnóstico precoce, preciso assim com um tratamento eficiente. Ao oferecer uma abordagem integral e multidisciplinar, o Centro contribuirá para agilizar a avaliação de pacientes críticos, identificando sinais, sintomas e alterações em exames precocemente”, palavras de Sidney Klajner, presidente do Einstein, no evento de abertura do projeto realizado no Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein – Campus Cecília e Abram Szajman.
Com uma abordagem focada na segurança e prevenção de complicações, o Centro disponibilizará serviços que incluem medicina diagnóstica, hematologia, banco de sangue, terapia intensiva, nefrologia (centro de diálise), suporte farmacêutico e multiprofissional, a fim de garantir uma abordagem abrangente e integrada para atender às necessidades específicas desses pacientes.
O projeto inclui, ainda, atividades com foco no aprimoramento da prática médica para o manejo adequado da doença. Também tem como objetivo a geração de evidências científicas através da coleta e análise de dados clínicos, contribuindo para o desenvolvimento de boas práticas clínicas para o tratamento e gestão de MAT.
“Como resultado deste projeto, teremos testado vários indicadores de processo, com foco na eficiência do diagnóstico e da terapêutica de Microangiopatias Trombóticas. Além disso, o escopo do projeto contempla o desenvolvimento de uma plataforma digital inovadora, chamada ‘Hand Clot’, com o objetivo de ampliar o acesso ao diagnóstico de pacientes, inicialmente nos Hospitais e Laboratórios do Einstein, explica João Carlos Guerra, médico hematologista e patologista clínico que atua no Einstein.
O médico complementa que, posteriormente, com a ferramenta testada e aprovada, o objetivo será replicar o modelo para outros hospitais públicos e privados do país, a fim de expandir o alcance do tratamento e melhorar os desfechos clínicos para um número ainda maior de pacientes.
“Cada vez mais precisamos buscar parcerias para tornar o sistema de saúde mais resiliente e sustentável. Apenas alguns países do redor do mundo, como a Espanha, possuem este centro de diagnóstico. Será um marco para o Brasil”, reforça Olavo Correa, diretor-geral da AstraZeneca do Brasil.
*Informações Assessoria de Imprensa
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