A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) dá continuidade ao ingresso no Mercado Livre de Energia (MLE) até a efetivação desta nova modalidade nas unidades geridas pela estatal prevista para o fim deste ano. Isto porque foi concluído o processo licitatório que definiu as duas empresas vencedoras, que fornecerão até 15,29 megawatt médio (MWm) de energia e cobrirão nacionalmente as unidades da estatal.
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As próximas etapas são a denúncia dos contratos – quando os hospitais sinalizarão que pararam de comprar energia no Ambiente de Contratação Regulado (ACR) – e a adequação ao Sistema de Medição de Faturamento (SMF), no qual são feitos ajustes para a migração ao Ambiente de Contratação Live (ACL).
Desta forma, a Ebserh vislumbra economicidade e, ainda, o alinhamento com a promoção da sustentabilidade ambiental expressa no seu mapa estratégico 2024-2028. Para os participantes do processo, os ganhos serão em escala, graças ao grande número de unidades consumidoras e de grande porte que a empresa possui.
A adesão ao MLE contempla unidades hospitalares da empresa pública em todas as regiões do país, ou submercados, termo utilizado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) para se referir à divisão regional dentro do sistema de energia elétrica. Com a implementação da Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME), que abre o mercado livre de energia para todos os consumidores do Grupo A, 51 unidades consumidoras dos hospitais universitários federais entrarão nesse processo.
Entendendo o Mercado Livre de Energia
Também chamado de Ambiente Livre de Contratação (ACL), no Mercado Livre de Energia, o consumidor negocia diretamente com o fornecedor, sem o intermédio de uma distribuidora, o que permite economia em tarifas, ajustes conforme demandas e necessidades, negociação de prazos e diversificação de fontes renováveis de geração, cujo produto energético pode ser adquirido de vários lugares do país.
Com a participação no MLE, a Ebserh projeta uma economia de cerca de 30% em relação ao mercado cativo (que passa pelas concessionárias tradicionais de energia) ou R$ 160 milhões em cinco anos. Ao optar pelo fornecimento de energia por fontes renováveis, a empresa pública poderá obter o Certificado Internacional de Energia Renovável (I-REC), sistema global utilizado por várias empresas que comprova o fornecimento de energia por uma fonte renovável.
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), entrou para o MLE no dia primeiro de abril e foi o primeiro da Rede Ebserh a aderir a esse fornecimento de energia.
*Informações Assessoria de Imprensa
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