Covid: Startup compara perfis em exames de imagens

Buscando compreender o comportamento do novo Coronavírus, Intellia analisa mais de 4 mil exames de imagem ​

Exames de imagens
(Foto: Ilustração/Pixabay)

O avanço da vacinação contra a Covid-19 trouxe ares de esperança para o fim da pandemia. No entanto, a alta disseminação e o elevado contágio trouxeram uma nova onda e incertezas. As ondas da Covid seguem um perfil pandêmico no qual mutações produzem novas variantes que são seguidas de novas ondas, indicando maior capacidade de transmissão e, juntamente, redução na virulência das novas variantes ao longo do tempo.

Com o objetivo de entender o comportamento da Covid-19 e essa nova onda, a Intellia realiza uma pesquisa contínua desde 2020 para buscar respostas sobre a doença. Foram comparadas 2.168 tomografias computadorizadas de pacientes com Covid-19, 1.247 exames de pacientes com outras doenças pulmonares e 758 de pacientes saudáveis. Os
entrevistados eram 62% do sexo masculino, com idade predominante entre 50 e 59 anos (41%). Os pacientes apresentam comorbidades, como hipertensão, diabetes, obesidade e, em alguns casos, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O objetivo é utilizar a base para auxiliar os profissionais da área de saúde no enfrentamento da pandemia fornecendo uma ferramenta de suporte ao diagnóstico por imagem.

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A Intellia é uma startup dedicada a conectar aplicações práticas de inteligência artificial à medicina, e faz parte do portfólio da Feluma Ventures, corporate venture builder cujo principal objetivo é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação em saúde.

A startup realiza pesquisas com dados coletados por meio de parcerias institucionais em hospitais de São Paulo e base de dados públicos, além de imagens de tomografia computadorizada, de forma contínua, desde 2020.

Além da classificação das tomografias computadorizadas, um dos objetivos iniciais se refere ao desenvolvimento de modelos de previsão da evolução da doença em pacientes. Para isso, seria necessário ter acesso a uma base de dados com mais de uma imagem de tomografia por paciente para que fosse possível acompanhar sua trajetória e prever as
evoluções da doença. Assim, seria possível um potencial tratamento precoce e uma previsão e alocação mais eficiente de recursos hospitalares.

“A vacinação reduziu, em um primeiro momento, o número de infectados pela Covid-19, mas com o surgimento de novas variantes surge um novo desafio para frear o número de infectados, e vamos continuar trabalhando em soluções para impactar positivamente a sociedade e trazer melhorias para área da saúde, contribuindo tanto com a criação de soluções práticas, quanto com a criação e disseminação do conhecimento”, afirma Clarissa Dourado, CEO da Intellia.

Para Rafael Kenji, CEO da Feluma Ventures, a inteligência artificial é uma das grandes apostas da área da saúde, quando se trata de investimento em startups. Com o surgimento da pandemia de Covid-19, o mundo se atentou à necessidade de predizer novas pandemias e novas formas de adoecimento. Já se sabe que a cada 1 real gasto com prevenção, economiza-se outros 4 reais com tratamentos e, portanto, a prevenção de agravos já é política aplicada em todos os hospitais. A análise feita pela Intellia abre uma grande porta para o uso de dados para aperfeiçoar o tratamento e prevenir o adoecimento.

*Informações da Assessoria de Imprensa