Como a eficiência operacional pode ser a chave para superar desafios na saúde

eficiência operacional
(Foto: Freepik/rawpixel)

Assim como na maioria dos setores sociais, o de saúde vem enfrentando desafios relacionados à eficiência operacional. Isso engloba a gestão de processos complexos e sensíveis, demandas clínicas, bem como o gerenciamento de grandes volumes de informações. Esses elementos desempenham um papel fundamental na melhoria da qualidade e na satisfação dos pacientes, enquanto hospitais e instituições se dedicam incansavelmente a otimizar o tempo de serviço e aprimorar a experiência nas unidades de saúde.

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Dentro deste contexto complexo de desafios, há diversas situações que exigem abordagens estratégicas sólidas, apoiadas por uma gestão experiente e aproveitando plenamente o suporte das tecnologias disponíveis.

Algumas empresas estão dedicando esforços para desenvolver estratégias visando aprimorar seus processos. Marcos Moraes, diretor da vertical de saúde da FCamara, um ecossistema de tecnologia e inovação que impulsiona o futuro dos negócios, enfatiza que o principal objetivo é melhorar a experiência dos pacientes. Isso inclui a eliminação de filas de espera, a facilitação do acesso às informações médicas e a redução da dependência de documentos em papel. Ele observa: “Recentemente, uma empresa nos procurou para discutir os desafios que enfrentava e a necessidade de modernizar seus processos. Nesse contexto, aplicamos nossa abordagem estratégica conhecida como Digital Value Creation para identificar oportunidades de otimização, reduzir desperdícios e diagnosticar possíveis obstáculos ao crescimento.”

Nesse caso, em específico, identificou-se que muitos processos operavam de maneira manual. Após uma análise detalhada, criou-se uma jornada integrada com as operadoras para tratar da elegibilidade e autorização, incorporando o uso de assinaturas digitais. Essas inovações não apenas aprimoraram a experiência do paciente, mas também reduziram o tempo de espera e impulsionaram a sustentabilidade.

Além disso, houve uma redução do uso de papel, que diminui o impacto ambiental e traz ganhos operacionais expressivos, reforçando as metas de ESG da companhia. A automatização de processos, a digitalização de documentos e a gestão eletrônica de informações também oferecem maior precisão e acessibilidade aos dados.

Moares defende, então, que melhorar a eficiência operacional no setor precisa ser visto como prioridade, e sugere algumas iniciativas:

Automação de processos – É um dos principais pilares para se melhorar a eficiência operacional na área da saúde. Ao buscar automatizar processos, marcar consultas, pedir exames e emitir laudas podem ser realizados  com mais agilidade, contribuindo para a redução do tempo de espera de pacientes e o aumento da produtividade da equipe, que terá mais tempo para se dedicar a tarefas mais complexas.

Interoperabilidade de sistemas – A interoperabilidade entre instituições é um pilar incontestável para maximizar a eficiência no setor de saúde. Essa capacidade de comunicação entre os diversos atores do ecossistema não só elimina a repetição de exames para pacientes, mas também aprimora de maneira significativa a qualidade do atendimento e otimiza a alocação de recursos. Ao permitir o compartilhamento instantâneo de informações médicas cruciais, históricos de pacientes e dados de seguros, a interoperabilidade agiliza o processo de atendimento, beneficia as equipes médicas e simplifica a coordenação entre as partes do sistema de saúde, proporcionando sistemas ágeis e adaptáveis aos desafios em constante evolução.

Cadeia de suprimentos – Trata-se do complexo sistema que engloba a aquisição, distribuição e estocagem de medicamentos, equipamentos, dispositivos, insumos e outros recursos. Garantir a eficiência deste processo é importante para assegurar que os hospitais possam fornecer atendimento de alta qualidade aos pacientes, uma vez que é fundamental que tenham os recursos necessários prontamente disponíveis quando necessário.

Ciclo de receita – Refere-se ao processo de geração de receita em organizações como hospitais, operadoras, clínicas, laboratórios e outros prestadores de serviços de saúde. Trata-se de um ciclo complexo, que envolve várias etapas, desde a prestação do atendimento médico até o recebimento do pagamento, se consolidando como um componente crucial na jornada em direção à eficiência operacional. Uma gestão eficaz do ciclo de receita na área da saúde é fundamental para garantir a sustentabilidade financeira das organizações, bem como para fornecer cuidados de qualidade aos pacientes.

Análise de dados – As soluções tecnológicas vieram para ajudar e a análise de dados é uma prova disso. Ela auxilia na avaliação e classificação das informações disponíveis, facilitando a tomada de decisões a respeito de casos clínicos, além de possibilitar a identificação de possíveis déficits operacionais. Vale lembrar que, para identificar esses dados, é necessária uma equipe treinada e softwares especializados, que saibam analisar, traduzir as informações e repassá-las de forma segura aos envolvidos.

*Informações Assessoria de Imprensa

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