Com alto número de ataques cardíacos no Brasil, hospitais SUS buscam captar recursos para investir em equipamentos e atender demanda

ataques cardíacos
(Foto: Freepik)

Anualmente, 400 mil pessoas sofrem infarto no Brasil. Os números do Ministério da Saúde são preocupantes, com uma pessoa tendo um ataque cardíaco no país a cada dois minutos e 100 mil delas perdendo a vida por ano. As doenças cardiovasculares são a maior causa de mortes nas Américas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas o socorro rápido e o atendimento especializado podem alterar significativamente esses números. Pesquisas realizadas pela Universidade de Harvard apontam que até 90% dos pacientes hospitalizados por infarto sobrevivem. Entre os idosos, a situação é mais crítica, e cada minuto importa: quanto mais rápido o atendimento, menores são os danos ao coração.

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Para a cardiologista Lídia Zytynski Moura, o alto índice de sobrevida é resultado do avanço do conhecimento, da tecnologia e da ciência. No Hospital Universitário Cajuru, que atende exclusivamente pelo SUS, o esforço das equipes multidisciplinares colabora para que a unidade seja habilitada como centro de referência em alta complexidade cardiovascular. “Nosso compromisso é com a qualidade, certificação e segurança, sem deixar de lado elementos importantes como a humanização e uma equipe altamente especializada. Ao proporcionar um atendimento integral aos pacientes, queremos mostrar que é possível fazer a diferença com uma assistência de alta qualidade no SUS”, completa Lídia, que também é coordenadora do setor de cardiologia.

Investimento em melhorias

Para aumentar a segurança aos pacientes idosos que precisam de procedimentos minimamente invasivos para diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas, neurológicas e vasculares, um projeto do Hospital Universitário Cajuru deve promover a modernização do setor de hemodinâmica. Com a aquisição de novos equipamentos, a estimativa é que 1,2 mil idosos passem a ser beneficiados a cada ano – mas o volume de atendimentos será ainda maior considerando as demais faixas etárias. “Ainda precisamos arrecadar R$ 700 mil para que o novo setor de hemodinâmica se torne realidade. Para contribuir, as doações podem ser feitas por meio do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa”, informa o coordenador da captação de recursos do Hospital Universitário Cajuru, Marco Sanfelice.

Referência em transplante renal e suporte a vítimas de trauma, o Hospital Universitário Cajuru realiza aproximadamente 147 mil atendimentos por ano, incluindo internações, emergências, cirurgias e consultas ambulatoriais. Em 2023, o pronto-socorro do hospital, que atende casos graves encaminhados pelo Siate e Samu, registrou 28,8 mil atendimentos, dos quais mais de 6,3 mil eram pacientes idosos. A crescente expectativa de vida associada à necessidade de manter uma vida ativa, exige que os tratamentos cardiológicos sejam cada vez mais precisos.

Chamado para ação

Pessoas físicas podem destinar parte do Imposto de Renda (IR) para entidades filantrópicas e descontar do valor que será recolhido à Receita Federal até o dia 31 de maio, ou seja, você não paga nada a mais por isso. Os recursos vindos dessas doações são fundamentais para instituições como o Hospital Universitário Cajuru. É possível contribuir com até 3% no ato da declaração, a única condição é que ela seja feita no modelo completo.

Regulamentadas por legislações federais, estaduais e municipais, as doações de IR têm um potencial de arrecadação de até R$ 12,88 bilhões. No entanto, estima-se que aproximadamente 93% dos 13 milhões de contribuintes elegíveis para declarar o tributo desconhecem o direito de direcionar parte do Imposto de Renda para as instituições. Os dados são do IR do Bem, um movimento criado para incentivar os contribuintes a apoiarem iniciativas socioculturais. “Além de exercer sua cidadania, a doação é uma forma de decidir onde ficará parte do seu imposto. Direcionando recursos para o Hospital Universitário Cajuru, por exemplo, o contribuinte ajuda a garantir a prestação de serviços excepcionais”, reforça Marco Sanfelice.

“A participação ativa da comunidade em hospitais filantrópicos é mais do que uma simples doação, é a prática da cidadania em sua forma mais nobre”, afirma o diretor-geral do Hospital Universitário Cajuru, Juliano Gasparetto. Essa visão está alinhada ao papel desempenhado pelos agentes transformadores, comprometidos com o bem-estar coletivo. “Todos nós podemos ser catalisadores de mudança ao contribuir com doações que representam muito mais que valores monetários, mas também uma expressão autêntica de solidariedade e responsabilidade social. Agora é o momento de unirmos esforços para fortalecer o sistema de saúde como um todo”, incentiva o diretor-geral.

*Informações Assessoria de Imprensa

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