Depois de forte aceleração dos custos hospitalares unitários no ano de 2020, quando teve início a pandemia da Covid-19, levantamento da Planisa – empresa de soluções de gestão de saúde –, junto a 139 hospitais (privados, filantrópicos e geridos por Organizações Sociais de Saúde), indicou aumento brando em 2021. As unidades utilizam-se de metodologia padronizada e processamento de dados na solução KPIH (key performance indicators for health).
O levantamento completo pode ser acessado no link https://planisa.com.br/site/wp-content/uploads/2022/03/modelo-bip-v3.pdf.
Uma diária de Unidade de Internação não crítica adulto subiu aproximadamente 25% entre 2020/2019 e apenas 2,4% entre 2021/2020. “Destaque para os hospitais privados sem fins lucrativos, que tiveram aumento de 45,8% entre 2020/2019 e somente 0,6% entre 2021/2020”, ressalta o diretor de Serviços da Planisa e especialista em gestão de custos hospitalares, Marcelo Carnielo.
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Já as UTIs adultos e pediátricas tiveram comportamentos de custos distintos. Enquanto a diária de UTI adulto atingiu média de R$ 1.758 em 2021, com aumento de 8,2% em relação a 2020 e 21,6% em relação a 2019, a UTI pediátrica aumentou 33,9% entre 2020/2019 e registrou queda de 21,7% entre 2021/2020, com custo por diária médio, no ano passado, de R$2.365. “Chama a atenção a significativa variação de custos de diárias de 53,6% em UTIs adulto entre os hospitais privados com fins e sem fins lucrativos em 2021: R$ 2.269 e R$ 1.477 respectivamente”, pontua Carnielo sobre custos hospitalares verificados no ano passado.
Nas Unidades de Terapia Intensiva, o critério utilizado pelo indicador foi de excluir o consumo de material e medicamento de uso no paciente e incluir todos os demais custos, inclusive honorários médicos.
O especialista explica que algumas questões são importantes compreender as variações de custos custos hospitalares, que são complexidade, ocupação e pessoal. Em hospitais que atendem pacientes mais complexos, o custo unitário da diária hospitalar é maior do que em hospitais que atendem casos mais simples. Neste caso, o consumo de medicamentos e materiais hospitalares são os principais responsáveis no aumento destes custos.
Já em hospitais com grande volume assistencial que atendem próximo de sua capacidade instalada, o custo unitário é menor do que em hospitais que têm baixo volume de produção.
Centro Cirúrgico
Ainda de acordo com o levantamento da Planisa, a hora de utilização do centro cirúrgico, que alcançou média de R$ 750 em 2020 (aumento de 15,9% em relação a 2019), aumentou 8% entre 2021/2020, com custo médio de R$ 810 por hora no ano passado. “Destacam-se os hospitais privados com fins lucrativos, que tiveram aumento de 46,7% entre 2020/2019 e redução de 4,3% entre 2021/2020”, fala Carnielo.
Ainda no centro cirúrgico, observa-se utilização, em 2021, nos mesmos patamares de 2019, isto é, pré-pandemia, com média de 2,5 cirurgias por sala cirúrgica por dia. Em 2020, foi constatada queda de 13,6% em relação a 2019 neste indicador. “Já entre 2021/2019, houve aumento de 35,2% de cirurgias por sala nos hospitais privados com fins lucrativos, sinalizando possível demanda adicional, provocado pelo represamento de cirurgias de 2020”, frisa Carnielo. “Esclarecendo que a Planisa, para fins comparativos, adota o critério de excluir o consumo de material e medicamento de uso do paciente e honorários médicos nestes dois indicadores econômicos citados anteriormente”, salienta.
Custos hospitalares: unidades de emergência
O levantamento analisou também o custo por atendimentos em Unidades de emergência, que teve aumento médio de 49,3% entre 2020/2019 e arrefecimento nos custos entre 2021/2020, com aumento de apenas 4,4%. “De qualquer forma, se compararmos os anos de 2021 e 2019, o aumento representou 55,8%, alcançado o custo médio por atendimento de R$ 322 em 2021”, disse Carnielo, acrescentando que todos os custos foram incluídos nestes indicadores da emergência, inclusive materiais, medicamentos e honorários médicos.
* Informações da assessoria de imprensa
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