Em setembro se comemora Dia Mundial de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal, a SAF, doença que, ainda na gestação, condena nossas futuras gerações a malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais. No Brasil, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e um grupo de entidades médicas e da saúde promoveram importante etapa da campanha #gravidezsemalcool, já abraçada por diversas celebridades.
No dia 9 de setembro, houve um mutirão médico, no terminal EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbano)/Metrô Jabaquara, com pediatras esclarecendo gestantes, familiares e sociedade em geral a respeito dos distúrbios que o consumo de álcool durante a gravidez pode causar aos bebês. Também foram distribuídos material informativo e bonecos que serviram para apontar os órgãos mais afetados pela SAF.
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Todas as gestantes que passaram pelo local foram presenteadas com rosas, bombons e água para brindar à saúde.
O que diz a ciência
Evidências médicas atestam que não existe nível seguro de consumo de álcool na gestação e que a bebida pode acarretar problemas graves e irreversíveis ao bebê. A SAF provoca manifestações como malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais.
Bebês com essa síndrome têm alterações fortes e bastantes características: além de microcefalia (cabeça e crânio pequenos), algumas dismorfias faciais típicas do transtorno são olhos pequenos, lábio superior fino, facies plana, fissuras palpebrais curtas. Em regra, podem apresentar baixo peso ao nascer devido à restrição de crescimento intrauterino, comprometimento do sistema nervoso central com distúrbios de aprendizagem, de memória e da atenção, dificuldades socioemocionais e comportamentais.
Hoje, a Síndrome Alcoólica Fetal é a principal causa de retardo mental no mundo ocidental. Pesquisas científicas produzidas na Europa e nos Estados Unidos mostram 1 caso de SAF para cada 1000 nascidos vivos. No Brasil, não há dados consolidados sobre a afecção, apenas poucos números de universos específicos. Exemplo é estudo do Hospital Cachoeirinha, com 2 mil futuras mamães, apontando que 33% bebiam na gestação. O mais grave: 22% consumiram álcool até o dia de dar à luz.
Vale pontuar, complementarmente, que os efeitos do álcool ocasionados pela ingestão materna de bebidas alcoólicas durante a gestação não têm cura.
*Informações Assessoria de Imprensa