O Paraná tem mais de três mil casos de dengue, segundo o boletim epidemiológico divulgado no mês de dezembro de 2019 pela Secretaria de Saúde do ParanáAMP. Os dados refletem o acumulado de julho a dezembro. Porém, em uma semana foram registrados 662 casos a mais, ou seja, um aumento de 25,16%.
Com a chegada do verão e o aumento das chuvas, o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela, encontra espaço para reprodução e ataque. Estima-se que apenas 20% das pessoas infectadas por Zika e Dengue manifestam sintomas. Com a Chikungunya essa proporção se inverte e 80% têm manifestações da doença, quase sempre com dores articulares intensas que podem permanecer por mais de seis meses. Os dados são de uma pesquisa desenvolvida pela Unirio, UFRJ e Fiocruz.
No caso da Zika, por exemplo, já são pelo menos 14 estados brasileiros atingidos. Outro ponto preocupante é o fato de a doença ter se espalhado pela América Latina de maneira rápida e alarmante. Não há vacina para a prevenção da Zika e da Chikungunya, então, a saída é combater o mosquito. As duas principais formas são acabar com os focos do mosquito (locais de água parada) e usar repelente para evitar a picada do inseto.
Já no caso da Febre Amarela, mais de quatro mil municípios são considerados áreas com recomendação de imunização. A vacina contra a Febre Amarela é ofertada gratuitamente nos postos e apenas uma dose é suficiente para a proteção por toda a vidaAMP. No caso da Dengue, a vacina é recomendada para algumas áreas e situações específicas.
Para ajudar na prevenção, o médico responsável pela Unimed Laboratório e cooperado da Unimed Curitiba especialista em infectologia, Jaime Rocha, listou algumas dicas de como se prevenir da Febre Amarela, Dengue, Zika e Chikungunya.
Segundo as autoridades brasileiras, a principal forma de prevenir as doenças é combater o mosquito que transmite o vírus. Para isso, é necessário eliminar todos os possíveis focos de reprodução do Aedes aegypti. O mínimo de água pode virar um foco da doença, já que mosquito dela para colocar seus ovos. Isso inclui vasos de plantas, poças de água da chuva no quintal ou na calçada e privadas sem tampa. Também é importante manter a limpeza das calhas em dia e cobrir os reservatórios de água e piscinas.
Para evitar ser picado pelo mosquito, a melhor estratégia é passar repelente em todas as partes expostas do corpo. Segundo recomendação do O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) o ideal é usar repelentes à base de n,n-Dietil-meta-toluamida (DEET) ou icaridina. A orientação é que se aplique o repelente regularmente. Vale lembrar que o filtro solar deve ser aplicado antes do repelente para não mascarar os efeitos preventivos.
O ideal é usar roupas claras e que deixem poucas partes do corpo expostas. Calças e camisetas de manga comprida podem evitar as picadas.
Especialistas recomendam criar uma casa “à prova de mosquitos” com o simples hábito de dormir atrás de “barreiras físicas”, como portas fechadas, janelas vedadas e telas de mosquito.
Durante a noite, um mosquiteiro também pode ser uma proteção extra. Porém, não se pode esquecer que o Aedes aegypti costuma agir mais durante o dia, ou seja, cuidado deve ser permanente.
O lixo doméstico também pode se tornar um terreno fértil para os mosquitos, pois podem acontecer acúmulos de água nele. É importante mantê-lo organizado em sacos plásticos, sempre fechados. Pneus velhos e restos de materiais de construção também devem ser removidos dos quintais.
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