Dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) mostram que 1/3 da população brasileira tem algum tipo de alergia. Felizmente existem várias medidas que podem ser tomadas para preveni-las.
Leia também – Diabetes e corrida: impactos do esporte na jornada da pessoa que vive com a condição
De acordo com o médico cooperado da Unimed Curitiba especialista em otorrinolaringologia Cezar Berger, as alergias respiratórias são as mais comuns e podem ocorrer durante todo o ano por diversos fatores. Segundo ele, poeira, ácaros, mofo, pelos de animais e pólen são os principais causadores de sintomas como espirros, tosse, coriza e dificuldade para respirar. Além disso, mudanças de clima e temperatura e alguns alimentos também podem provocar reações alérgicas e desconfortos respiratórios.
Mas engana-se quem acha que isso só acontece nos meses de outono e inverno! De acordo com o especialista, as crises alérgicas estão propensas a acontecer durante o ano todo, mas tendem a piorar no frio porque o metabolismo fica mais lento e o sistema imunológico mais vulnerável. “O importante é fica atento aos fatores presentes no dia a dia. Sair de um ambiente com ar-condicionado e ir para o calor externo em dias de clima quente, por exemplo, provoca um choque no organismo e pode desencadear o aparecimento de uma sintomas respiratórios que podem agravar para quadros de pneumonia ou causar complicações alérgicas. Por isso, temos que tomar cuidado com mudanças bruscas de temperatura”, alerta.
Em entrevista para o Diálogo Saudável, programa de entrevista promovido da Unimed Curitiba, o especialista dá dicas práticas e fáceis de prevenção às alergias e demais doenças respiratórias que podem ser adotadas no dia a dia que podem evitar, amenizar os sintomas ou diminuir as crises. Confira abaixo:
1) Mantenha o ambiente limpo
É importante evitar o acúmulo de poeira e sujeira. Em casa ou no trabalho, mantenha sempre o local limpo para minimizar o contato com fatores que desencadeiam alergias, como poeira e ácaros.
2) Deixe o ar entrar
Manter a casa e local de trabalho bem ventilados e reduzir a umidade pode ajudar a prevenir o crescimento de mofo. Sempre que possível, o ideal é deixar as janelas sempre abertas para manter a ventilação.
3) Higienize as mãos e evite aglomerações
A higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool gel também deve ser considerada como forma de prevenção. “Os aprendizados da COVID-19 devem ser levados em conta quando o assunto é prevenção de várias doenças e crises alérgicas, até mesmo o uso de máscara quando necessário”, recomenda.
4) Vacine-se
A vacina contra alergia é uma opção de tratamento eficaz e segura para uma variedade de manifestações alérgicas, como rinite alérgica e asma e também alergias a picadas de insetos. Estudos têm mostrado que a vacina pode reduzir significativamente os sintomas alérgicos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. “Os imunizantes são reguladores imunológicos, porque aumentam a defesa do organismo de forma eficaz e segura. O vírus da influenza, por exemplo, pode desencadear quadros respiratórios graves. Procure sempre o seu médico e veja qual o melhor tratamento para o seu caso”, alerta.
5) Adote hábitos saudáveis
Uma alimentação saudável e equilibrada, evitando álcool e tabagismo, a prática de atividades físicas regularmente e os cuidados com o equilíbrio das emoções e com a regulação da saúde mental são bons hábitos que estimulam fatores imunológicos no organismo e ajudam a prevenir quadros alérgicos mais graves.
Assista ao Diálogo Saudável sobre alergias e saiba mais: https://youtu.be/IuWH-oF52d4
Diferenças entre gripe, resfriado e alergias respiratórias
A rinite é o tipo mais comum de alergia respiratória e geralmente é desencadeada durante os meses de outono e inverno. Sinusite e bronquite alérgicas também podem se manifestar e piorar durante os outros meses devido ao clima seco ou com umidade reduzida. A primavera, por exemplo, desencadeia e piora muito os casos de quem já apresenta algum tipo de problema respiratório por conta da liberação do pólen das flores.
De acordo com o médico Cezar Berger, em um primeiro momento é difícil saber se a pessoa está mesmo com alergia. Isso porque sintomas como tosse e coriza podem ser um resfriado, mas é preciso estar atento. O otorrinolaringologista alerta para quadros de febre que perduram por mais de 48h. “Se a febre persistir por mais de 2 dias ou se os sintomas como espirros e coriza e dificuldades respiratórias não passarem dentro de uma semana, a recomendação é procurar um especialista e investigar”, alerta.
*Informações Assessoria de Imprensa