Embora sem confirmação de casos no Brasil, Curitiba (PR) adota medidas preventivas para o manejo do coronavírus, um novo vírus identificado em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. Ele é responsável por causar uma doença respiratória que pode ir de sintomas leves até quadros de maior gravidade, como a pneumonia.
O Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) elaborou um nota informativa que vai circular nas unidades de saúde, clínicas e hospitais da cidade. O documento traz as informações técnicas, disponíveis até o momento, sobre o novo coronavirus, oficialmente chamado 2019-nCoV.
Para quinta-feira (30), a Secretaria programou uma capacitação para profissionais de saúde que atuam nos serviços de atendimentos de urgência e emergência das redes pública e privada, para apresentar orientações e fluxos em casos de suspeita.
Na sexta-feira (31), a SMS convocou o Comitê Municipal de Resposta às Emergências em Saúde Pública, para discussão do assunto. Integram o grupo representantes de mais de 40 instituições governamentais e não governamentais. Entre eles, membros dos conselhos regionais de Medicina, Enfermagem e Farmácia e também representantes dos hospitais, além dos órgãos públicos municipais e estaduais da saúde.
O diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Alcides Oliveira, orienta que é importante saber identificar os sintomas da doença para tomar as precauções de forma ágil. “Os serviços de saúde devem estar alertas sobre a existência desse novo vírus, como identificá-lo e qual a conduta adequada em casos suspeitos”, orienta.
A SMS está acompanhando junto ao Ministério de Saúde e autoridades internacionais da área as atualizações constantes sobre o vírus. Segundo Oliveira, por se tratar de um novo vírus, pouco se sabe sua evolução e comportamento. “Nesse primeiro momento precisamos monitorar o que vem acontecendo na China, as novas descobertas e nos manter atualizados, caso ele chegue ao Brasil”, explicou.
Casos confirmados
Até esta terça-feira (28) foram confirmados casos em 16 países, o que segundo Oliveira demonstra um perfil de espalhamento do vírus. “O fato de ele ser transmitido antes mesmo da manifestação dos sintomas, dificulta para as autoridades mensurar a reprodução do coronavírus”, explica o diretor.
O Ministério da Saúde informou que já analisou milhares de rumores de brasileiros infectados pelo coronavírus, alguns casos demandaram verificação, mas foram descartados. Até o dia 28 de janeiro, são três casos suspeitos da doença no país, em Belo Horizonte, Curitiba e Porto AlegreAMP.
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Sintomas e prevenção
Os sintomas podem parecer como o de uma gripe ou resfriado comum, o que dificulta o diagnóstico, por isso, é importante que quem esteve em viagem recente para a região de início de circulação do vírus, a China, comunique aos profissionais de saúde. “Informar a possibilidade de exposição ao vírus é fundamental para a avaliação do caso, uma vez que são sintomas semelhantes a outras doenças respiratórias”, explica Oliveira.
Os sinais comuns da infecção incluem sintomas respiratórios, febre, tosse e dificuldade para respirar. Nos casos mais severos, a infecção pode evoluir para pneumonia, síndrome respiratória aguda grave e até óbito.
Segundo autoridades chinesas, muitos dos pacientes diagnosticados inicialmente tiveram alguma ligação com um grande mercado de frutos do mar e animais vivos, sugerindo disseminação de animais para pessoas.
Mas, com a crescente confirmação de casos, conclui-se que a transmissão agora é de pessoa para pessoa. O coronavírus pode ser transmitido de forma semelhante à influenza ou outros vírus respiratórios, pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros em curta distância, ou contato com objetos contaminados pelo vírus.
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Confira dicas de prevenção:
Tratamento
Não há tratamento antiviral específico recomendado para a infecção 2019-nCoV. As pessoas infectadas com 2019-nCoV devem receber cuidados de suporte para ajudar a aliviar os sintomas.