Por Rodrigo Rocha, profissional com certificação CFP®
Já há algum tempo ocorreu uma alteração importante nas universidades e faculdades em nosso país, em que alguns cursos começaram a ser divididos em semestres e não mais por ano letivo — que vai do início ao fim do ano calendário — e devido a isto não é mais necessário aguardar o começo de um novo ano para iniciar o projeto de fazer um curso superior. O número das faculdades e universidades autorizadas a funcionar no Brasil também aumentou muito nos últimos anos, porém, grande parte destas novas instituições são privadas e além da necessidade de se prestar vestibular para passar nestes cursos, o planejamento financeiro para realizar esta formação se tornou parte importante do processo.
A boa notícia é que o governo, instituições financeiras e até as próprias instituições de ensino oferecem programas de financiamento estudantil para quem pretende ingressar em um curso superior em instituições privadas.
Em geral, a modalidade de financiamento estudantil oferece alternativas para financiar até 100% do valor gasto com a graduação, onde o valor do financiamento pode ser pago após a conclusão do curso – e desta forma ajudar na saúde financeira das famílias. Desta forma, o próprio estudante estará habilitado a gerar receita com o diploma da instrução superior para ajudar no pagamento do financiamento — apenas os juros desta operação devem ser pagos trimestralmente, enquanto o aluno ainda estuda. As taxas de juros cobradas variam de acordo com cada programa de financiamento, mas geralmente são taxas menores que outras linhas de crédito.
As garantias exigidas para este tipo de operação também variam muito conforme a instituição que está liberando o crédito, podendo ser o aval de um terceiro, aplicações financeiras, veículos, imóveis e até mesmo a composição de mais de uma destas opções.
É importante entender bem as características da operação e realizar um bom planejamento financeiro, visto que além do custo do curso, existem muitas outras despesas que acompanham este período, como livros, congressos, despesas com manutenção de vida enquanto se estuda, entre outros. Também não é aconselhável, do ponto de vista financeiro, que seja financiado 100% do valor da graduação, para evitar que as parcelas ao final do curso estejam em valores muito elevados.
Considerando estes pontos e realizando um bom planejamento, as linhas de crédito para financiamento estudantil podem ser uma excelente ferramenta a seu favor para realizar o sonho de uma graduação, pós-graduação, mestrado ou até mesmo um doutorado, tanto para você, quanto para aqueles que você quer ajudar.
* Semanalmente, a Uniprime – cooperativa de crédito fundada por médicos e criada com o propósito de melhorar a vida financeira das pessoas – compartilha com os leitores uma coluna sobre educação financeira para ajudar na saúde de todos. A Uniprime é uma das instituições parceiras do Saúde Debate.