Vacina reduz internação e mortes de idosos no Paraná, diz secretaria

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Público mais suscetível às complicações causadas pela Covid-19, as pessoas idosas foram priorizadas na campanha de vacinação e estiveram entre os primeiros grupos imunizados no Paraná. Quase seis meses após o início da campanha, a maioria dos paranaenses com mais de 60 anos já está com o escudo de imunização completo, com a dose de reforço já aplicada. E os reflexos positivos já são visíveis, principalmente na análise dos dados de hospitalização.

De janeiro a junho de 2021, a proporção de idosos internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas de Covid-19 diminuiu de 65% para 27%. Dentre os pacientes internados que vieram a óbito, a relação caiu pela metade no período. Em janeiro, pessoas com mais de 60 anos respondiam por 75,27% das mortes nas UTIs, número que passou para 36,06% em junho.

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Os dados, apresentados nesta sexta-feira (16 de julho), são do Sistema Estadual de Regulação, administrado pela Secretaria de Estado da Saúde, e não incluem os pacientes internados em serviços privados e nem os de Curitiba, que utilizam sistemas próprios de regulação de leitos. “Não tenho dúvidas que a menor presença de idosos nas UTIs da rede Covid-19 seja resultado da vacinação. Estamos formando um escudo imunológico nos paranaenses que têm sido vacinados”, destaca o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Até esta sexta-feira, o Paraná vacinou 1.819.416 pessoas com mais de 60 anos com a primeira dose ou com o imunizante de dose única. Nessa faixa, 64,4% das pessoas já completaram o ciclo vacinal (para esquemas em duas aplicações). No público com mais de 65 anos, que iniciou o processo de vacinação mais cedo, a porcentagem de quem já está completamente imunizado sobe para 87,6%.

Com exceção do primeiro mês da pandemia, ao longo de todo o 2020, a proporção de idosos nas UTIs sempre foi superior a 60%. Das 14.418 pessoas que deram entrada nos leitos intensivos do Interior do Estado no ano passado, 9.061 tinham mais de 60 anos, 63% do total. Em 2021, o número de internamentos aumentou e, consequentemente, a presença dos idosos nesses leitos. De janeiro a junho, 22.084 pacientes foram colocados nas UTIs exclusivas, sendo que 9.977 com mais de 60 anos, uma média de 45%.

Em janeiro, assim como no mês anterior, eles eram 65% dos pacientes internados. Porém, enquanto a campanha de vacinação contra a Covid-19 avança, uma curva inversamente proporcional aparece nas estatísticas de internação. Em fevereiro, a taxa de idosos ocupando esses leitos caiu para 56%. Em maio houve nova redução, passando para 51% e, em abril, eles eram exatamente a metade dos pacientes.

Pela primeira vez, em maio, as pessoas com mais de 60 anos passaram a minoria nas UTIs, respondendo por 33% das internações. Junho, além de apresentar a menor proporção até agora, de 27%, foi também a menor presença em números absolutos desde novembro do ano passado. No mês passado, 1.146 idosos deram entrada nos leitos intensivos – 1.059 a menos que em março, mês em que houve o maior número de internamento de idosos (2.205).

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