A análise de taxa de incidência da dengue no Paraná sinaliza para a tendência de queda nos índices da doença no estado, conforme o boletim epidemiológico da doença divulgado nesta terça-feira (19 de maio) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Nas últimas semanas, 20 municípios que estavam em situação de alerta ou em epidemia não apresentaram novos casos autóctones confirmados e estão com a taxa de incidência zerada. A avaliação considera dados pontuais coletados nas últimas quatro semanas de monitoramento (semanas 17, 18, 19 e 20) .
“Os dados são preliminares, mas podem ser comprovados graficamente pelos números que os próprios municípios enviam para a Sesa. Porém, a dengue segue como uma das maiores preocupações. O Paraná ainda está em epidemia da doença e o trabalho da Vigilância Epidemiológica é constante nas 22 Regionais de Saúde, apoiando todos os municípios em ações de prevenção e controle. Esses números demonstram que o trabalho efetivo de campo vem dando resultado”, afirma ao secretário de Estado Saúde, Beto Preto.
No acumulado do período de agosto do ano passado até 18 de maio são 180.340 casos confirmados de dengue, 12.633 a mais que a publicação anteriorAMP, conforme boletim semanal divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde nesta terça-feira (19).
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Análise
De acordo com a análise, realizada pela Assessoria de Informação Técnica da Secretaria da Saúde do Paraná, as cidades com a taxa de incidência zerada são: Santo Antonio do Sudoeste, Corumbataí do Sul, Xambrê, Diamante do Norte, Nova Aliança do Ivaí, Tamboara, Itaguajé, Ivatuba, Nossa Senhora das Graças, Santa Inês, Uniflor, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Centenário do Sul, Miraselva, Porecatu, Sertanópolis, Leópolis Diamante D´Oeste e Arapurã.
O município de Nossa Senhora das Graças, por exemplo, na região Noroeste, com cerca de 4 mil moradores, atingiu no período acumulado, a incidência proporcional a 10,5 mil casos por 100 mil habitantes. Há quatro semanas, a cidade não registra casos autóctones de dengue.
Santa Inês, também no Noroeste do Estado, com aproximadamente 1.600 habitantes apresentou, no período acumulado, incidência proporcional de mais de 8 mil casos por 100 mil habitantes. Conforme análise, a cidade conseguiu zerar a taxa.
Boletim
O boletim publicado nesta terça-feira apresenta mais de 313 mil notificações para a doença no estado e confirma mais sete mortes, elevando para 139 o total de mortes provocadas pela doença. “O boletim traz a somatória de todo um período”, salienta a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte. “Os números são altos; a epidemia está presente, mas o que esperamos agora é que a tendência de queda se confirme, como resultado das ações implementadas”.
O informativo confirma sete óbitos que estavam em investigação entre os meses de fevereiro, março e meados de abril. Todos são de pessoas idosas, entre 72 e 92 anos.
Confira aqui o boletim completo.
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