Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde, por meio do 17º informe técnico, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta a interrupção temporária da vacinação contra a Covid-19 em gestantes e puérperas sem comorbidades, independente do imunizante, no Paraná. A medida foi tomada em atendimento a orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que recomenda a suspensão temporária do uso da vacina AstraZeneca/Oxford em gestantes e puérperas (mesmo com comorbidades).
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (13 de maio).
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“Não queremos criar um tabu de vacinação em gestantes e puérperas. A orientação do Ministério da Saúde tem por objetivo prevenir possíveis intercorrências até que todos os fatos estejam esclarecidos, de maneira que nenhuma mulher deste grupo corra risco por meio da imunização contra a doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Ainda segundo o documento do Ministério da Saúde, “a vacinação de gestantes e puérperas com comorbidades deverá prosseguir com as demais vacinas Covid-19 em uso no país, visto que o perfil risco/benefício da vacinação neste grupo é altamente favorável (Sinovac/Butantan e Pfizer)”.
Nesta quinta-feira, o Paraná recebe mais 244,8 mil doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 118 mil do imunizante Covishield, produzido pela AstraZeneca e Fiocruz e 126.800 doses da Coronavac, da parceria entre a Sinovac e o Instituto Butantan. “Poderemos dar continuidade na vacinação de gestantes e puérperas com este novo lote, que é composto por vacinas CoronaVac e também completarmos o esquema vacinal de outros grupos que precisam garantir o recebimento da segunda dose”, afirmou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) irá emitir uma nota técnica com orientações detalhadas para cumprimento do esquema vacinal de gestantes que já foram vacinadas com a primeira dose da vacina AstraZeneca. “A Sesa aguarda o envio desta instrução para reproduzir as recomendações a todos os profissionais de saúde e sociedade de modo geral em relação a que providências serão tomadas para garantir a segunda dose para estas essas mulheres”, informou a diretora.
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