A Secretaria da Saúde do Paraná segue em alerta para combate à dengue, epidemia instalada no estado desde o início do ano. O órgão confirmou 128.405 mil casos no boletim semanal divulgado no dia 22 de abril.
Aumentou também o número de mortes provocadas pela doença no Paraná: seis mortes que estavam em investigação foram confirmadas neste informe. Desde o início do monitoramento, em junho de 2019, 111 mortes causadas pela infecção.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, ressalta a necessidade da eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti; 90% dos focos estão nos domicílios, em áreas internas e externas. Por isso, a importância da participação da população neste combate. “Em meio ao crescimento do número de casos da Covid-19, devemos redobrar o alerta à dengue, pois uma coinfecção, ou seja, pessoas acometidas pelas duas doenças podem ter a saúde comprometida”, afirmou.
“A dengue não pode ser renegada em função do coronavírus. O mosquito transmissor da dengue continua se proliferando. As pessoas estão se infectando e morrendo e tudo diante de um quadro que pode ser minimizado com a eliminação dos focos. Já comprovamos que a remoção mecânica reduz a taxa de incidência. Fizemos este tipo de ação em mais de 60 municípios que apresentaram diminuição na curva epidemiológica. Por isso, ressaltamos a importância da participação da população no combate”, disse Beto Preto.
Dados
O número de casos confirmados de dengue aumentou em 11,94%. Na semana anterior eram 114.711 mil e agora são 128.405; uma diferença de 13.694.
Dados comparativos de abril de 2019 apontam que nesta mesma semana o Paraná tinha 4.308 casos confirmados. “ Atribuímos este grande aumento a maior circulação do sorotipo 2 do vírus da doença, situação que não ocorria desde 2008”, explica a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte
Hoje, o estado tem 203 municípios em epidemia de dengue. Oito passaram para o patamar nesta semana: Pérola D´Oeste, Céu Azul, Espigão Alto do Iguaçu, Mamborê, Francisco Alves, Iporã, Rancho Alegre e Carlópolis.
Outros 30 municípios estão em situação de alerta; 7 entraram a partir deste informe: Paranaguá, Palmital, Cruzeiros do Iguaçu, Boa Vista da Aparecida, Catanduvas, Arapongas e Ortigueira.
Chikungunya
O boletim semanal da Sesa registra ainda um novo caso de chikungunya no município de Marialva, na região Noroeste.
Trata-se de uma mulher que esteve em janeiro no estado da Bahia, onde contraiu a doença que também é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti. A paciente está bem e segue acompanhada por um médico reumatologista.
Agora são cinco casos de chikungunya neste período no Paraná. Todos os casos são importados, adquiridos em outros estados.
A zika, outra doença transmitida pelo mesmo mosquito, mantém quatro casos confirmados no estado; 3 são autóctones e um caso é importado.
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